A falta de vacinas na União Europeia pressiona os políticos do bloco a buscarem alternativas. A Alemanha, por exemplo, já considera encomendar os imunizantes da China e da Rússia para acelerar seu programa. O ministro da Saúde local chegou a declarar o que já vem sendo dito no Brasil há bastante tempo: se uma vacina é considerada eficaz e segura, deve ser adotada independente de seu país de origem. A Alemanha só vacinou dois milhões de pessoas até agora — o Reino Unido já está na marca de 10 milhões de doses aplicadas.
A Rússia declarou que pode fornecer até 100 milhões de doses da Sputnik V para a União Europeia até a metade deste ano. Os fabricantes inclusive já entraram com pedido de licença das autoridades do bloco e aguardam a análise. Já a vacina chinesa sendo cogitada pela Alemanha é a da Sinopharm. Pfizer e AstraZeneca prometeram, nos últimos dias, compensar os atrasos na entrega de doses para a União Europeia.
Mas o problema continua e, por isso, os alemães já dão indícios de que podem recorrer aos imunizantes que em tese têm como mercado principal os países em desenvolvimento. Diante dos atrasos, a Hungria rompeu a unidade do bloco e aprovou o uso emergencial da Sputnik e da Sinopharm no mês passado. Enquanto as vacinas não chegam, diversos países europeus começaram a flexibilizar suas quarentenas outra vez.
Itália e Polônia relaxaram um pouco as regras, assim como Madri, capital da Espanha, que está em pé de guerra com o governo central desde o início da pandemia. Na Inglaterra, o governo está iniciando uma operação de testagem em massa para identificar novos casos da variante sul-africana. Testes PCR serão distribuídos de porta em porta para tentar mapear os casos da variante que é mais contagiosa. Portugal, que também tem sofrido muito com a disparada de casos nas últimas semanas, acredita que o problema tenha se intensificado por conta das novas variantes da doença, sobretudo a que foi identificada primeiro na Inglaterra.
Fonte: Jovem Pan