A Ucrânia convidou a Rússia neste domingo, 24, para realizar uma sessão especial de diálogo ao lado da fábrica de Azovstal, um grande complexo metalúrgico onde alguns combatentes e civis ucranianos estão entrincheirados e sem comida e munição, e a cidade está amplamente controlada pelas forças russas. No local também há centenas de feridos. A informação foi passada pelo assessor especial de Volodymyr Zelesky, Oleksiy Arestovich, indicando que estava “aguardando uma resposta” da delegação russa. Outro assessor da presidência, Mijailo Podoliak, havia lembrado no Twitter que o governo ucraniano exigia “uma trégua” em Mariupol para a Páscoa ortodoxa, celebrada neste domingo, e “um corredor humanitário imediato para os civis” bloqueados na cidade portuária, bem como “um acordo para negociações especiais para troca de prisioneiros militares”.
Na última semana, o presidente russo, Vladimir Putin, exigiu a rendição dos combatentes restantes e pediu ao seu exército para sitiar “a área para que nem sequer uma mosca possa passar”. As negociações entre a Rússia e a Ucrânia para resolver o conflito estão paralisadas, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na sexta-feira. As últimas discussões, por videoconferência, não levaram a nenhum progresso aparente. Na semana passada, o governo ucraniano descreveu as negociações com Moscou como “extremamente difíceis”.
Jovem Pan