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Portugal volta a fechar fronteiras neste domingo

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Portugal voltou a acordar isolado, neste domingo, 31, em meio ao crescimento descontrolado da pandemia da Covid-19, que deixou mais de 12 mil mortos no país. A medida que o primeiro-ministro António Costa denomina de “autocontenção” e não fechamento de fronteiras entrou em vigor à meia-noite, quando foram restaurados os controles terrestres no raio hispano-lusitano. Nos aeroportos, foram criados corredores específicos para os cidadãos portugueses, que devem comprovar que têm autorização de embarque, uma vez que estão proibidos de sair do país. As chegadas também são monitoradas devido às restrições sanitárias impostas aos voos de países da União Europeia com base na incidência da doença.

Viajantes de países com mais de 500 casos por 100.000 habitantes, como Espanha, República Tcheca e Irlanda, devem apresentar PCR com resultado negativo realizado até 72 horas antes da decolagem e manter 14 dias de quarentena na chegada. Para países com 150 a 500 casos por 100.000 habitantes, como Alemanha, Itália e França, apenas PCR negativo é necessário, e aqueles com menor incidência, como Finlândia ou Noruega, não terão nenhuma restrição de viagem. Além disso, todas as ligações ferroviárias e fluviais com a Espanha foram interrompidas e os voos com o Reino Unido e o Brasil continuam suspensos, exceto para operações de repatriação. Estas medidas, que se somam ao confinamento que Portugal atravessa desde 15 de janeiro, procuram apaziguar uma terceira onde que apresenta números sem precedentes no país.

A fronteira entre Espanha e Portugal conhecida como La Raya, mais antiga e longa da Europa, com 1.200 quilômetros, está com apenas oito travessias habilitadas para o trânsito de cidadãos com licenças específicas. Como na primeira onda da pandemia, quando a fronteira foi fechada entre 17 de março e 1º de julho, apenas os trabalhadores transnacionais, cargueiros, portugueses com residência legal no estrangeiro ou que se retirem por motivos de reagrupamento familiar e serviços de emergência e humanitários têm autorização de passagem. No entroncamento das regiões de Vilar Formoso (Portugal) e Fuentes de Oñoro (Espanha), alguns moradores tentaram – sem sucesso – ir à Espanha para cumprir sua rotina diária de compra ou reabastecimento de gasolina, a mais barata do lado espanhol.

Segundo o capitão da GNR em Vilar Formoso, Rodrigo Duarte, a fiscalização é rigorosa “em todas as instâncias, tanto nos veículos como nos passageiros e só podem passar se tiverem a documentação exigida”. Para o chefe do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Vilar Formoso (SEF), Acácio Pereira, “se a colaboração entre as forças de segurança é extremamente importante numa situação normal, torna-se ainda mais importante numa situação crítica como a que vivemos”. Os maiores atrasos ocorrem na revisão da documentação dos viajantes que viajam de carro, alguns com destino a países terceiros da União Europeia. As restrições são um golpe para os povos da zona de fronteira. As novas medidas surgem quando o comércio na região ainda não havia se recuperado do golpe do fechamento na primeira onda da pandemia.

Hospitais no limite

O aumento dos casos mantém os hospitais portugueses no limite, especialmente na região de Lisboa, onde as imagens das filas de ambulâncias à porta do principal centro do país, o Hospital Santa María, se tornaram constantes durante esta semana. O hospital conseguiu reduzir a superlotação de ambulâncias com um novo sistema de atendimento aos pacientes e encaminhamento para outros centros de acordo com a gravidade. Diante da pressão hospitalar, o governo admitiu ter pedido ajuda internacional e até agora há dois países europeus que responderam. O primeiro-ministro austríaco, Sebastian Kurz, anunciou que o seu país vai acolher doentes portugueses em cuidados intensivos, enquanto a Alemanha vai enviar a Portugal uma equipe de 27 médicos e paramédicos, bem como respiradores e outros equipamentos. O governo português ainda não se pronunciou sobre estes apoios.

* Com informações da EFE

Fonte: Jovem Pan

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