Um funcionário de alto escalão do Departamento de Defesa dos Estados Unidos afirmou nesta sexta-feira, 15, que o navio russo que afundou no Mar Negro foi atingido por dois mísseis ucranianos. Ele classificou o ocorrido como um “duro golpe” para a Rússia. A declaração bate de frente com a versão de Moscou, que garante que a embarcação sofreu “danos graves” por causa de um incêndio e depois naufragou. Contudo, o funcionário americano não confirmou a versão de que o exército ucraniano teria distraído a defesa da embarcação com um drone em uma das laterais do barco, enquanto os mísseis o atingiam pelo outro lado. “Acreditamos que houve vítimas, mas é difícil saber quantas”, disse o interlocutor, ao acrescentar que os Estados Unidos têm conhecimento de que os sobreviventes foram resgatados por outros barcos russos na região.
A perda do principal navio cria um vazio nas capacidades militares no sul da Ucrânia, onde o presidente Vladimir Putin decidiu concentrar suas operações e próxima ofensiva. Em virtude da Convenção de Montreux, “a Turquia não autoriza as embarcações de guerra a entrar no Mar Negro, e [os russos] não poderão substituí-lo por outro navio da classe Slava”, explicou o funcionário do governo americano. O tratado, firmado em 1936, garante a livre circulação nos estreitos de Bósforo e Dardanelos, mas permite o bloqueio de navios militares nessa região em caso de guerra, a não ser que as embarcações tenham que retornar para suas bases.
*Com informações da AFP
Jovem Pan