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Russos ficam mais próximos a Putin conforme Ocidente aumenta sanções por guerra na Ucrânia


A popularidade de Vladimir Putin, presidente da Rússia, aumentou desde que ele decretou a "operação militar" na Ucrânia, que acontece desde o dia 24 de fevereiro. O ato que surtiu efeitos econômicos e comerciais no país em decorrência das sanções que o Ocidente impôs, tem feito com que os russos se aproximem cada vez mais do chefe de estado. Segundo uma pesquisa realizada pelo instituto independente Levada, 83% dos russos aprovaram a ação de Putin, que ganhou 12 pontos desde o começo da guerra. Neste número, estão pessoas que antes não eram a favor do governante, entretanto, mudaram o posicionamento após a invasão e as sanções que foram impostas ao país. Rita Guerman, é uma delas. A publicitária de 42 anos, diz que “abriu os olhos” após a aplicação das medidas e hoje enaltece o presidente russo por defender o país contra a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Não era esse o cenário que os ocidentais pensam que ia acontecer. Para eles, as sanções iriam delimitar o apoio ao Kremlin, mas os observadores afirmam que elas estão tendo o efeito contrário, e a classe média, em grande parte pró-ocidentais, se sentiram tratados injustamente pelas sanções impostas, sendo esse o ponto que fez com que eles mudassem o seu apoio. Um exemplo disso foram as influenciadoras russas que lançaram uma campanha repudiando a medida que foi imposta pela Chanel. Em suas contas no Instagram, elas postaram vídeos cortando bolsas da marca. Segundo elas, essa é uma resposta a decisão de fazer com que os russos sejam obrigados a assinarem um termo se comprometendo a não utilizarem os produtos da Chanel em território russo. No post, elas declararam que: “nem uma única bolsa, nem uma única coisa vale meu amor pela minha pátria, não vale meu respeito por mim mesma, sou contra a russofobia, sou contra uma marca que apoia a russofobia”.

As últimas sanções, impostas na semana passada por Estados Unidos e Reino Unido, afetaram os russos de forma indiscriminada. De acordo com as novas medidas, agora eles estão privados de: contratos com empresas estrangeiras; de passar férias na Europa; de usar cartões de crédito Visa e Mastercard e de acessar a medicamentos ocidentais. Apesar dos números mostrarem um apoio maior a Putin depois da invasão à Ucrânia, existem dados que apontam que esses resultados não oferecem um retrato real durante um conflito militar, já que as críticas às autoridades se tornam praticamente proibidas. Na Rússia, foi aprovada uma lei que dá até 15 anos de prisão para quem chamar a "operação militar" de guerra, e pessoas que saem às ruas para manifestar contra o governo, estão estão sujeitas à prisão, como aconteceu com centenas de manifestantes que protestaram contra a invasão logo nos primeiros dias.

*Com informações da AFP

Jovem Pan

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