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Câmara dos Deputados

Capitão Augusto desiste de candidatura à presidência da Câmara

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Em comunicado divulgado neste sábado, 30, o deputado federal Capitão Augusto (PL), um dos primeiros a se apresentar como candidato à presidência da Câmara dos Deputados, anunciou a desistência da candidatura. No documento, o parlamentar explica que a decisão foi tomada diante da polarização na disputa pelo cargo. “Nos últimos dias, percebi que a polarização política na Câmara dos Deputados restringiu o debate e os votos a somente 2 candidatos, ouvi de dezenas de deputados dessas bancadas que gostariam de votar em mim, mas teriam que se valer do voto útil contra a esquerda, inviabilizando dessa forma qualquer chances de ir para um segundo turno”. Entre os líderes da chamada bancada da bala, Capitão Augusto buscava reunir votos nas bancadas religiosas e entre colegas bolsonaristas e militares, se dizendo o único candidato “verdadeiramente” de direita.

Embora os holofotes estejam mais voltados para Arthur Lira e Baleia Rossi, a eleição para a presidência da Casa, agora sem a candidatura de Capitão Augusto, reúne mais cinco postulantes ao cargo. Apesar de terem chances remotas de vitória, elas devem tirar votos dos dois principais blocos e podem ser um fiel da balança no resultado final. O deputado Fábio Ramalho (MDB) é visto como uma potencial terceira força. Apesar de não ter o apoio formal de nenhum partido, ele busca adesões no baixo clero e tem influência na bancada mineira. Ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Ramalho é conhecido por organizar jantares com comida mineira nos fundos do plenário para parlamentares, servidores e jornalistas. É a segunda vez consecutiva que ele vai concorrer.

Quem também se lançou candidato foi Alexandre Frota (PSDB). Ele entra na disputa com um discurso pró-impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, “são duas doenças que precisamos combater, a Covid-19 e Bolsonaro”. Outro candidato de estilo polêmico é o deputado André Janones (Avante). Após dizer em plenário que revelaria os “canalhas” e “vagabundos” da Câmara, chegou a ser denunciado no Conselho de Ética. Com foco nas redes sociais, ele tem como plataforma a volta do auxílio emergencial. Mas admite que contabiliza poucos votos. “Publicamente eu posso te dizer que não chego a cinco nomes para nos apoiar. De forma sigilosa, talvez hoje a gente consiga chegar a 10 nomes.”

Entre os chamados “outsiders”, um dos poucos com apoio do próprio partido é Marcel van Hattem (Novo). Apesar de a bancada ter apenas oito componentes, ele adota um discurso otimista dizendo que pode angariar mais votos no primeiro turno. “Esta é uma eleição da convicção, é uma eleição da consciência tranquila. Uma convicção que vai ser expressa nas urnas.” O PSOL também optou por lançar candidatura própria: a deputada Luiza Erundina. O partido estava internamente dividido e avaliava a possibilidade de aderir, desde já, ao bloco de Baleia Rossi. Mas optou pelo voo solo por entender que a oposição precisa ter um candidato. A bancada já definiu que, caso haja segundo turno entre Baleia e Arthur Lira (PP), vai votar no candidato do MDB.

Fonte: Jovem Pan

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