Desde que a Rússia começou a intensificar os indícios de ataque à Ucrânia, que se concretizou em 24 de fevereiro, países ocidentais começaram a aplicar sanções a Vladimir Putin e aos russos como forma de retaliação a ação e visando tentar cessar os ataques não justificados. Conforme a guerra se estende, as medidas também aumentam a atingem desde pessoas, como as filhas de Putin que foram sancionadas na última quarta-feira, 6, pelos Estados Unidos, suspeitas de esconderem a riqueza do presidente da Rússia, até o comércio e setores financeiro e de transporte. A população já começou a sentir os impactos das proibições impostas ao país.
Nesta sexta-feira, 7, o Reino Unido anunciou mais uma rodada de sanções para o país. No novo pacote, foi seguido as mesmas medidas dos americanos. Katerina Tikhonova e Maria Vorontsova, filhas de Putin, e Yekaterina Vinokurova, filha de Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores, estão proibidas de entrarem no Reino Unido, onde seus ativos serão congelados. Polina Kovaleva, filha da suposta amante de longa data de chanceler, já havia sido punida pela invasão à Ucrânia. Até agora, as principais sanções adotadas contra a Rússia são:
Setor Financeiro
O setor financeiro russo foi o principal setor atingido pelos países ocidentais e seus aliados para limitar a capacidade de financiamento da guerra. Suspensão da Rússia do Swift – sigla em inglês para a Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias – uma cooperativa internacional que tem como objetivo ser um canal de comunicação e padronização das transações financeiras. Os bancos que foram atingidos fora: VTB (o segundo maior banco da Rússia), Bank Otrkitie, Novikombank, Promsvyazbank, Bank Rossiya, Sovcombank e VEB.
Os Estados Unidos, a União Europeia e outros países aliados proibiram qualquer transação com o Banco Central russo e congelaram os ativos em moedas estrangeiras. As medidas foram tomadas para impedir que o país acesse uma reserva para “dias difíceis” durante a guerra. Duas empresas de pagamento, a Mastercard e a Visa, bloquearam várias instituições financeiras em sua rede de pagamentos em resposta às ordens de imposição de sanções”
Energia
No dia 8 de março, os Estados Unidos anunciaram um embargo sobre as importações de petróleo e gás russo. Segundo Joe Biden, a decisão foi tomada em coordenação com seus aliados. Durante o comunicado, o líder norte-americano informou que “não é mais aceitável ver o petróleo russo nos portos dos EUA. Estamos dando um golpe nos russos”. Apesar de sua dependência pelos recursos que vem da Rússia, na quinta-feira, 7, a União Europeia decidiu impor um embargo para o carvão russo a partir do mês de agosto, o que equivale a 45% das importações desse minério.
O bloco já havia previsto reduzir em mais de 60% das suas importações de gás russo até o final do ano e estabelecido a proibição para os europeus de fazer novos investimentos nesse setor essencial para a economia russa. Entretanto, esse posicionamento não foi adotado por todos os países participantes, a Hungria informou na quarta-feira, 6, que vai ceder aos desejos de Vladimir Putin, de só aceitar pagamento pelo gás russo em rublos, e continuar realizando a compra do produto. O país depende fortemente das importações de gás e petróleo da Rússia.
Transportes
A parte de transposto, principalmente o aéreo, também foi afetada pelas sanções contra a Rússia. Mais de 14 países fecharam o espaço aéreo para voos russos. Dentre as soberanias que tiveram essa iniciativa estão: Alemanha, França, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Bélgica e Itália. A indústria aeronáutica é a mais afetada com a proibição da exportação de aviões, peças de substituição ou equipamento e a suspensão da manutenção dos equipamentos matriculados na Rússia das gigantes Airbus e Boeing. O tempo das proibições variam de acordo com cada país. Os alemães, por exemplo, estipularam um prazo de três meses. Em resposta a esses posicionamentos, a Rússia também impossibilitou que 36 países, incluindo os 27 membros da União Europeia, circulem em seu espaço aéreo.
Comércio
Na área do comércio, o Japão foi o pioneiro em impor sanções contra a Rússia. O país proibiu a exportação de semicondutores e equipamentos de alta tecnologia. Na sequência, os Estados Unidos também se uniram a essa estratégia. O Congresso dos Estados Unidos aprovou por unanimidade encerrar as relações comerciais normais com Moscou e Belarus. O Senado dos Estados Unidos e a Câmara dos Representantes aprovaram a revogação do status comercial da Rússia e de Belarus – que eram reconhecidas como nação mais favorecida.
O projeto de lei do Congresso também requer que os Estados Unidos solicitem a suspensão da Rússia da Organização Mundial do Comércio (OMC). A União Europeia também adotou essa medida e vetou as exportações para a Rússia, especialmente de bens essenciais para a indústria. A lista de importações russas proibidas pelos países da UE foi ampliada para incluir algumas “matérias-primas e materiais críticos” por um valor estimado de 5.5 bilhões de euros (6 bilhões de dólares) por ano.
Personalidades
Centenas de personalidades russas estão sob sanção, incluindo as duas filhas do presidente Vladimir Putin, que estão na “lista negra” dos Estados Unidos, da UE e do Reino Unido. A União Europeia ampliou sua lista a 18 entidades e mais de 200 pessoas, que estão submetidas a um bloqueio de seus ativos e à proibição de entrada em território europeu. Líderes da oposição do governo de Vladimir Putin, pedem que os países imponham sanções contra a ex-ginasta Alina Kabaeva, apontada como amante do líder russo e acusada de ser beneficiária da corrupção de Putin. Segundo Alexey Navalny, em um publicação do Twitter, declarou que “Alina Kabaeva chefia a maior parte dos aparato de mentiras”.
Jovem Pan