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Em dois dias, mais de 150 diplomatas russos foram expulsos de países europeus


Em 48h, mais de 150 diplomatas russos foram expulsos de países europeus. Essa medida é uma resposta às ações das tropas da Rússia na Ucrânia que já duram mais de um mês. A Itália decidiu expulsar 30 diplomatas alegando razões de segurança nacional. “Esta medida, tomada em comum acordo com os nossos parceiros europeus e atlânticos, foi necessária por razões ligadas à nossa segurança nacional e no contexto da atual situação de crise relacionada com a agressão injustificada da Ucrânia por parte da Federação Russa”, disse Luigi Di Maio.

A Alemanha anunciou que estava mandando embora um grande número de diplomatas russos enviados a Berlim, segundo a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock. Ela não divulgou um número, mas estima-se que tenham sido 40. A França anunciou a retirada de 35 diplomatas “cujas atividades são contrárias aos interesses” do país, segundo uma fonte próxima ao Ministério das Relações Exteriores francês. A Dinamarca expulsou 15 e acusando-os de serem “agentes de inteligência” que realizaram “atividades de espionagem em solo dinamarquês”, disse o chefe da diplomacia dinamarquesa, Jeppe Kofod.

A Suécia também juntou-se à média e, embora tenha retirado um número menor do que os outros países, anunciou a expulsão de três diplomatas russos, e a Espanha eliminar cerca de 25 que representam “uma ameaça aos interesses de segurança” do país, anunciou o ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares. A Bélgica também adotou essa medida e, em 15 dias, expulsou 21 pessoas que trabalhavam para a embaixada e consulados russos, suspeitas de estarem envolvidas em “operações de espionagem e influência que ameaçam a segurança nacional”. Holanda e Polônia seguiram o exemplo e também expulsaram dezenas de diplomatas.

A Eslovênia decidiu expulsar 33 diplomatas russos para exprimir seu “profundo protesto” e seu “choque” após a descoberta de inúmeros cadáveres na cidade ucraniana desocupada de Bucha. Kiev acusa os russos de massacre. Com esses novos anúncios, estima-se que o número de diplomatas russos que tenham sido expulsos dos países já chega a 293. O Kremlin denunciou, por sua vez, a “falta de visão” da Europa em expulsar inúmeros diplomatas, já que o movimento implica “a redução das possibilidades de comunicação na esfera diplomática nessas difíceis circunstâncias”, segundo o porta-voz, Dmitry Peskov. “E isso inevitavelmente levará a medidas de retaliação”, acrescentou.

*Com informações da AFP

Jovem Pan

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