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iFood aumenta repasse a 200 mil entregadores para compensar alta nos combustíveis

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Nova taxa não representará aumento no custo do serviço para clientes, tampouco será repassada aos estabelecimentos, garante Claudia Storch, diretora de logística Após a forte alta no preço dos combustíveis, a plataforma de delivery iFood anuncia elevação na tarifa paga aos seus 200 mil entregadores parceiros. A partir de 2 de abril, a taxa mínima de entrega vai saltar de R$ 5,31 para R$ 6, e o mínimo por quilômetro rodado vai aumentar 50%, de R$ 1 para R$ 1,50. O passo se assemelha a direções adotadas recentemente pela 99 e Uber para ajudar os motoristas a enfrentar a alta do petróleo – cenário ainda mais prejudicado ante a guerra da Rússia contra Ucrânia.

Claudia Storch, diretora de logística do iFood, disse ao Valor que a nova taxa não representará um aumento no custo do serviço aos clientes, tampouco será repassada aos estabelecimentos. “(Essa tarifa) não está necessariamente ligada ao preço que o cliente paga. O cliente pode inclusive fazer um pedido com taxa grátis e, mesmo assim, o entregador seguirá remunerado com as políticas normais”, disse ela, destacando que o reajuste é perene e não se trata de algo temporário.

Segundo a executiva, esse vai ser um custo absorvido pela própria empresa. A estimativa do iFood é repassar nos próximos 12 meses R$ 3,2 bilhões aos parceiros (sem considerar adicionais como gorjetas). O reajuste vale para todos os modais e não apenas os motorizados – ou seja, também para os entregadores com bicicletas.

No total, apenas três em cada 10 entregas feitas pelo iFood utilizam os motoristas parceiros do aplicativos. As outras sete são concluídas pela logística própria das empresas e, por isso, não sofrerão influência da nova política de remuneração da empresa.

Segundo Claudia Storch, diretora de logística do iFood, reajuste no repasse para compensar alta dos combustíveis é definitivo

Vinícius Soares Pereira/Wikimedia Commons

Storch destacou que mesmo assim o iFood tem reforçado as conversas com os restaurantes na direção de incentivar uma valorização do entregador. “A gente está sempre conversando para essas medidas de melhoria valerem para toda a base de entregadores”, disse. Ela explicou que alguns entregadores que trabalham para um restaurante específico também costumam prestar serviço à plataforma.

No último dia 12, a Uber anunciou um pacote de R$ 100 milhões no Brasil para mitigar os custos dos motoristas com a alta dos combustíveis. Além disso, a empresa passou a adotar um reajuste temporário de 6,5% nos preços.

Já a 99, no dia 11 de março, anunciou que passará a oferecer uma compensação financeira pela nova escalada no valor dos combustíveis. O objetivo é anular o último aumento anunciado para o litro da gasolina, por isso reajustou em 5% o km rodado no ganho do motorista de todo o país.

Antes mesmo da guerra, o preço dos combustíveis já era um problema aos entregadores e motoristas e tem levado a uma redução na mão de obra por causa da alta dos custos, assim como falta de veículos nas locadoras para que motoristas possam alugar.

Fonte: Valor Invest

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