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Vendas dão um salto e lucro da Arezzo &Co sobe 35% no 4º trimestre

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A empresa de moda informou lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 104,1 milhões no período; o faturamento bruto subiu 69%, para R$ 1,4 bilhão Com um salto de 69% no faturamento bruto (R$ 1,4 bilhão), a empresa de moda Arezzo &Co terminou o quarto trimestre de 2021 com um lucro líquido atribuído a controladores 35,2% superior ao do mesmo intervalo de 2020, somando R$ 104,1 milhões.

O resultado do período veio consolidar um trabalho iniciado mais de um ano antes, argumenta o presidente do grupo, Alexandre Birman. Em 2020, a companhia intensificou sua operação digital (que respondeu por mais de 830 milhões das vendas totais de 2021), adotou comportamento mais ágil e flexível e comprou a Reserva, dando seus primeiros passos em sua meta de se tornar uma holding de moda. Em 2021, foram mais aquisições em vestuário com BAW e Carol Bassi.

Para 2022, a projeção é de que o vestuário responda por 3% a 4% do faturamento total da companhia, que também lançou a linha de roupas da Schutz.

A empresa terminou 2021 somando R$ 345,2 milhões de lucro líquido, 610,6% melhor do que em 2020, e com receita de R$ 2,92 bilhões, um avanço de 83,8%. Parte expressiva dessa receita líquida anual foi obtida no quarto trimestre de 2021, quando as vendas líquidas da Arezzo &Co chegaram a R$ 1,09 bilhão.

“Foi nosso melhor Natal”, disse Birman, que agora aposta em novos recordes de vendas no Dia das Mães. O otimismo é motivado pelo ritmo de vendas dos primeiros meses de 2022, que, segundo o empresário, está ainda mais intenso do que o observado ao fim do ano. “Estamos confiantes de que o primeiro semestre será muito bom.”

Ele não ignora, porém, a pressão dos custos, embora acredite que a nova escalada dos preços, criada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, deva representar um impacto mais “momentâneo”. Em 2021, o custo dos produtos vendidos já haviam subido 65,7%.

Desde os primeiros gargalos na cadeia de suprimentos observados ainda em 2020, por causa da pandemia, a empresa buscou soluções para lidar com as pressões na produção. Encontrou, por exemplo, materiais alternativos e aumentou a lista de fornecedores. Também foi preciso aumentar preços. “Modelos fixos não tiveram reajuste. Fizemos [reajustes] nos lançamentos”, diz ele.

Diante do cenário, uma opção adotada por algumas empresas dos setores de calçados e vestuário é de enfrentar o momento macroeconômico menos favorável criando uma linha de produtos de menor tíquete, mais acessíveis. Birman, no entanto, defende que esse não é um caminho para a Arezzo &Co, cujas marcas estão posicionadas em públicos de renda mais elevada, nas classes A e B.

“A gente busca o contrário de fazer produto mais acessível. Queremos fazer nossos produtos cada vez mais desejáveis, com alta qualidade. Vejo como o começo do fim isso de migrar para insumos mais baratos”, rebate.

No radar da companhia, porém, está a possibilidade de fazer aquisições que ajudem a lidar com esse contexto. Até o segundo trimestre, Birman diz que seu objetivo é olhar mais para dentro. Mas, no segundo semestre, a Arezzo &Co deve ir às compras buscando mais marcas e, também, algum tipo de aquisição “mais protecionista” na área de abastecimento. “Com a questão da inflação e escassez de matéria-prima, estamos sendo bastante ativos em sourcing para não ter problema de suprimento, que não tivemos até hoje. Não quero dar justificativa de não-resultado por que tive problema de entrega.”

Loja da Arezzo em shopping center

Divulgação

Fonte: Valor Invest

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