Protagonista do setor de energia, Grupo recebe uma das mais importantes certificações internacionais sobre equidade de gênero No mundo, o setor de energia tem aberto lentamente as portas para mulheres, como mostram os dados da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), de 2019. O público feminino representa apenas 22% da força de trabalho no setor energético. Quando o recorte leva em consideração a área de energia renovável, o número sobe para 32%.
Nesse cenário, a ENGIE Brasil tem se destacado ao colocar em prática uma estratégia de inclusão feminina em seu quadro de colaboradores. Maior empresa privada de energia do país – com atuação em geração, comercialização e transmissão de energia elétrica, transporte de gás e soluções energéticas – a empresa recebeu, em fevereiro deste ano, a EDGE, uma das principais certificações globais relacionadas a equidade de gênero e interseccionalidade.
Com isso, tornou-se a primeira organização do setor elétrico brasileiro a contar com esse reconhecimento. “Estamos moldando um futuro mais sustentável à medida que aceleramos a transição energética. A Certificação EDGE confirma que nossas ações estão no caminho correto e agora, assim como fazemos com a transição energética, precisamos acelerar para atingir as metas que estabelecemos para nós mesmos. Anteriormente, haveria quem as chamasse de "ambiciosas"; para mim, essas metas são necessárias”, afirma o CEO da ENGIE Brasil, Maurício Bähr.
A certificação é resultado de uma rigorosa avaliação, que envolveu a auditoria de políticas e práticas da empresa – contemplando representação feminina na liderança, equidade de remuneração e a eficácia de políticas e práticas para uma cultura organizacional inclusiva, entre outros aspectos. Além da análise de dados estatísticos, os colaboradores da ENGIE participaram de uma pesquisa abrangente, a fim de avaliar suas experiências em termos de oportunidades de desenvolvimento de carreira no ambiente de trabalho.
O plano de ação EDGE, que é parte integrante da jornada de certificação, destaca o compromisso da ENGIE Brasil em realizar gestão proativa da equidade de remuneração e melhor acesso das mulheres a postos de liderança, por meio de treinamentos, mentoria e trabalho flexível, por exemplo. A classificação no nível Assess atesta, assim, a busca contínua por equilíbrio maior de força entre os gêneros, além do estímulo a ações para atração, retenção, evolução e engajamento das profissionais em diferentes níveis hierárquicos e áreas de atuação da empresa.
Apenas 200 organizações, espalhadas por 50 países e 30 setores da economia, conseguiram até agora a certificação EDGE. No Brasil, iniciativas como as da ENGIE são importantes para minimizar as diferenças no mercado de trabalho. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no ano passado e referentes a 2019, mostram que os salários pago às trabalhadoras representam apenas 77,7% do que é desembolsado ao contingente masculino. Conforme elas avançam na carreira, maior a diferença: os rendimentos são apenas 61,9% do que têm os homens em seus contracheques. A pesquisa mostra ainda que apenas 34,7% dos cargos gerenciais no país são ocupados pelo sexo feminino.
Para a criadora da Fundação EDGE Certified, Aniela Unguresan, o caminho para a mudança passa por ter no equilíbrio de gêneros uma pedra fundamental do sucesso empresarial, como tem feito a ENGIE Brasil. “Embora a empresa opere em um setor em que o pool de talentos é tradicionalmente dominado pelos homens, ela vem construindo deliberada e intencionalmente um rico pool de talentos femininos e está agora em um ponto de inflexão em direção a um melhor equilíbrio de gêneros em toda a organização. Sua Certificação EDGE demostra claramente que, quando se quer, há, sim, um caminho”, destacou.
Compromisso e prática
A ampliação da presença feminina em cargos de liderança está entre os objetivos não financeiros do Grupo ENGIE, em âmbito global, reforçado pela adesão da empresa, desde 2019, aos “Princípios de Empoderamento das Mulheres” (WEPs, sigla em inglês de Women"s Empowerment Principles), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU). Junto a metas voltadas a ampliar a geração de energia renovável e combater às mudanças do clima, o Grupo assumiu o compromisso público de ampliar a participação de mulheres em cargos de liderança, assegurando a atração e retenção de mulheres em posições chave.
Em paralelo, a ENGIE vem trabalhando, no Brasil, para acelerar a carreira de mulheres na área de Operação e Manutenção. A jornada se iniciou na Bahia, no município de Umburanas, onde a empresa tem parques eólicos. Em parceria com o SENAI-BA, foi aberta uma turma exclusiva para mulheres no curso de Auxiliar de Eletricista para Aerogeradores, com 25 vagas. Foram 180 horas/aula para um grupo diverso: 68% das participantes se declaram pardas ou pretas, 68% delas têm entre 18 e 29 anos e 32% entre 30 e 49 anos. Com o sucesso da iniciativa, a ENGIE abriu uma segunda turma, para 20 mulheres, no curso de Eletricista Instalador Residencial de Baixa Tensão.
Já no Rio Grande do Norte, onde a ENGIE mantém a Usina Solar Assu V e está implantando o Conjunto Eólico Santo Agostinho, foi criado, junto ao SENAI-RN, o Programa Tecnologia em Geração Eólica e Geração Fotovoltaica, que inclui dois cursos técnicos, custeados pela empresa. Ofertados de forma gratuita, esses cursos formaram 31 mulheres, divididas em uma turma exclusivamente feminina e outra mista, na qual elas ocupam metade das vagas.
Em complemento, na área de Soluções, foi realizado um curso para formação de mulheres em instalação e manutenção de iluminação pública, reforçando o compromisso da ENGIE com a equidade e inclusão feminina em todos os seus segmentos de atuação. Nos últimos três anos, o percentual de mulheres no quadro de colaboradores da empresa, somadas todas as operações no Brasil, passou de 19% para 23,1%.
Apoio às comunidades
Além de promover a equidade de gênero no ambiente de trabalho, a ENGIE se empenha em apoiar mulheres e meninas nas comunidades onde está inserida.
É o caso do projeto Mulheres do Nosso Bairro, uma iniciativa para enfrentamento aos efeitos da pandemia sobre o público feminino. As atividades desenvolvidas incluem fomento ao empreendedorismo, capacitação para o mercado de trabalho, informações sobre redes de apoio, ações de sensibilização e conscientização para combater a violência doméstica, além de suporte à saúde feminina.
O projeto abrange mais de 100 municípios, em diferentes regiões do Brasil, com investimento que ultrapassa R$ 1,2 milhão. “Sabemos que se trata de uma jornada e que somente com ações direcionadas e deliberadas, conseguiremos avançar nesta pauta. Diversidade significa melhores decisões e, com isso, melhores resultados. É nisso que acreditamos para criar cada vez mais valor à sociedade”, conclui Bähr.
Fonte: Valor Invest