Originária do Oceano Índico, a tempestade tropical Eloise deixou um rastro de morte e devastação ao passar por seis países da África nos últimos dias. Houve uma vítima em Madagascar, três no Zimbábue, três em Eswatini, uma na África do Sul e seis em Moçambique, onde a chuva atingiu a categoria de ciclone, com ventos de até 139km/h, e deixou outras 8.300 pessoas desabrigadas, segundo dados do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês). Atualmente, a tempestade tropical se encontra em Botsuana.
A tempestade tropical Eloise atravessou Madagascar após invadir a cidade costeira de Antalaha com ventos de até 95km/h no dia 19, causando uma morte. A chuva seguiu então para o Zimbábue, onde três pessoas morreram sendo arrastadas por uma enchente, e para Eswatini, onde a Eloise tirou a vida de mais três pessoas: duas que tiveram o carro levado pela água e uma devido ao desabamento de sua própria casa. No dia 23, a tempestade tropical alcançou o norte da África do Sul, onde um menino de cinco anos foi arrastado pela correnteza do rio. Horas depois, os ventos ganharam ainda mais força e se tornaram um ciclone ao adentrar Moçambique, cujo número de vítimas chegou a seis.
A chegada de Eloise a Moçambique foi especialmente temida pelos seus efeitos potencialmente devastadores na mesma área do país que sofreu com a passagem catastrófica de Idai, em março de 2019, considerada a pior catástrofe natural do Sudeste africano da história recente. Ali, o ciclone causou pelo menos 600 mortes, deixou quase dois milhões de pessoas necessitadas de assistência humanitária e, segundo avaliações da Federação Internacional da Cruz Vermelha, destruiu 90% da cidade da Beira, capital da província de Sofala.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan