O governo britânico vai anunciar nesta terça-feira, 26, novas regras para quem tenta entrar no país vindo de áreas consideradas de alto risco. A principal mudança será o isolamento compulsório por 10 dias em hotéis próximos aos aeroportos. A medida é semelhante ao que já existe em outros países, como na Austrália, por exemplo. Os detalhes ainda não foram apresentados, mas é dado como certo que viajantes de países como Brasil e África do Sul serão afetados. O Reino Unido já proíbe a entrada de quem vem do Brasil ou África do Sul, mas existem exceções para cidadãos britânicos e residentes com visto. O custo da hospedagem será pago pelo viajante.
Na Austrália, ele gira em torno de US$ 2 mil por pessoa. A medida tem como principal intenção tentar barrar a entrada da variante descoberta nestes dois países. O Reino Unido tem a sua própria variante do coronavírus, que é considerada mais contagiosa e mais letal que a primeira. O país começa a controlar o crescimento dos casos e das vítimas da doença só agora, mas ainda há um longo caminho pela frente. Tanto que o governo ainda não sabe quando as aulas presenciais vão retornar — possivelmente só depois da Páscoa. O lockdown deve ser mantido ainda por algumas semanas, apesar da pressão crescente para que o governo reabra o país.
Holanda
Na Holanda, o toque de recolher imposto na semana passada motivou novos distúrbios pela terceira noite seguida. Cerca de 150 pessoas foram presas em diversas cidades. Em Roterdã, a polícia chegou a disparar tiros de advertência e usou bombas de gás lacrimogênio. O vandalismo se espalhou por ruas centrais atingindo o comércio — também houve registro de saques em supermercados. Os holandeses são obrigados a ficar em casa das 21h até às 4h30 para tentar reduzir o Covid-19 por lá.
Vacina
E por fim, a União Europeia ameaça bloquear as exportações de vacinas do Covid-19. O continente está enfrentando atrasos nas entregas das doses encomendadas da Pfizer e da AstraZeneca. O bloco espera receber 100 milhões de doses da AstraZeneca até março — mas somente a metade disso deve chegar ao continente. A vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford está sendo produzida no Reino Unido e também na Índia. Já a Pfizer tem uma planta na Bélgica e se os europeus de fato endurecerem a exportação da vacina, os britânicos devem ser afetados.
Fonte: Jovem Pan