O Corinthians mostrou nesta segunda-feira, 25 que, passada a empolgação do período em que a equipe ficou sete jogos sem perder no Campeonato Brasileiro, a sua realidade é de um time com carências que o tornam irregular. Em casa, perdeu por 2 a 0 para o Red Bull Bragantino, em uma partida na qual foi amplamente dominada pelo adversário. O time brigou, o técnico Vagner Mancini tentou de várias maneiras mudar o jogo, mas a superioridade do time de Bragança, bem mais resolvido taticamente, prevaleceu. Com a derrota, o Corinthians, que começou a rodada em oitavo lugar, com 45 pontos, perdeu duas posições, para Ceará e Santos (ambos têm melhor saldo de gols), o que complica sua luta por uma vaga na próxima Libertadores. Nas contas do treinador corintiano, o time tinha de conquistar 100% dos pontos na Neo Química Arena nesta reta final. O Bragantino chegou a 44, em 11º. Na quinta-feira, o Corinthians tentará a recuperação na visita ao ameaçado Bahia, em Salvador. O Bragantino vai enfrentar o líder Internacional domingo, no Beira-Rio.
O Bragantino precisou de 1 minuto e 48 segundos para começar a estragar a festa do Corinthians. Após uma saída errada de Fábio Santos, Aderlan tocou para Claudinho, que rolou para Helinho, livre na entrada da área, bater forte, rasteiro, no canto esquerdo de Cássio. Depois de Léo Ortiz perder a chance do segundo gol do Bragantino na pequena área – cabeceou mal, na mão de Cássio -, quase o Corinthians empata, aos 7 minutos, num lance em que o goleiro Cleiton se atrapalhou em bola despretensiosa de Mateus Vital e só a segurou em cima da linha. O Corinthians não conseguia articular jogadas e tentava ligações diretas. Mas o time de Bragança protegia bem a sua área e retomava várias bolas, saindo em velocidade para o ataque. Ainda assim, vez ou outra o alvinegro chegava, como aos 26 minutos, quando, após boa jogada de Gustavo Mosquito, Cazares bateu fraco da entrada da área e o goleiro do Braga defendeu. O equatoriano tentou outras duas vezes logo depois, sem sucesso. Mas quem chegou ao gol novamente foi o Bragantino, aos 41 minutos. Aderlan lançou Ytalo na entrada da área e o centroavante tocou entre os zagueiros para Claudinho, que penetrou livre, para tocar por cima de Cássio. Foi o 16º gol de Claudinho no Brasileirão. Com isso, ele se juntou a Marinho e Thiago Galhardo no topo da artilharia.
Vagner Mancini, então, mudou seus homens de lado de campo. Trocou Gustavo Mosquito e Mateus Vital por Otero e Léo Natel, respectivamente. O problema é que o venezuelano, de volta ao time recuperado da covid-19, tem dificuldade de jogar pelo lado do campo e Natel entrou mal. Assim, na prática, as alterações não deram resultado. Como o Corinthians tinha de se lançar, o Bragantino acabou tendo espaço e teve duas chances seguidas, aos 15 e 16 minutos, de ampliar com Ryller e Claudinho. Só depois isso o Corinthians ameaçou, com um chute de fora da área de Otero. Como o time não se encontrava, Mancini tentou melhorar a produção com a entrada de Everaldo e a de Luan. Mas o Bragantino, bem postado em campo, e fechando bem os espaços, controlava o jogo. O Corinthians não conseguia arrematar de fora da área. Aos 26, Ramiro obrigou Cleiton a fazer grande defesa. Pouco depois, Claudinho, em seu último lance antes de ser substituído, deu a resposta, mas Fábio Santos desviou para escanteio. Na cobrança, aos 29 minutos, Ligger cabeceou livre na entrada da pequena área e Cássio fez uma grande defesa, evitando o terceiro gol. O Bragantino continuou a ter as melhores chances, mas não ampliou também pela precipitação de seus jogadores, com Hurtado, que foi fominha aos 39 minutos e não serviu Artur, que entrava livre. O Corinthians quase diminuiu a vantagem após um erro da defesa do Bragantino, mas o jogo acabou em 2 a 0.
Fonte: Jovem Pan