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Governo não espera alta de demissões após o fim das medidas provisórias de emprego, diz secretário

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Bruno Dalcolmo defendeu que os programas federais foram construídos para funcionarem como “uma ponte” entre a pandemia e a recuperação econômica O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcolmo, afirmou nesta segunda-feira (31) que o governo federal não espera o crescimento de demissões após o fim das medidas provisórias de manutenção do emprego adotadas durante a pandemia.

De acordo com ele, programas como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) foram construídos de forma a funcionar como “uma ponte” entre a pandemia e a recuperação econômica.

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Já o secretário de Trabalho da pasta, Luis Felipe Batista de Oliveira, afirmou que ainda “existe uma quantidade relevante de trabalhadores com garantia provisória de emprego”. Os números mostram que em dezembro 2,1 milhões de pessoas estavam nessa situação.

Os dados do Ministério do Trabalho e Previdência mostraram ainda que no ano passado aqueles com ensino médio se destacaram na retomada do mercado, sendo responsáveis pela criação líquida de pouco mais de 2 milhões de postos. Mas em todos os graus de instrução o saldo foi positivo em 2021.

Na divisão por faixa etária, se destacaram aqueles com idade de 18 a 24 anos, responsáveis por mais de 1,5 milhão de postos criados liquidamente.

Recuo da desocupação

Dalcolmo afirmou ainda que o desemprego tem recuado mesmo com a maior procura por vagas de trabalho. Segundo ele, em diversos momentos de retomada econômica a taxa de desocupação não necessariamente diminui, já que mais pessoas começam a procurar um posto de trabalho, pressionando a taxa para cima.

“O que temos visto agora é que, com o mercado suficientemente aquecido, mesmo assim a taxa de desocupação tem se reduzido”, disse em entrevista coletiva para comentar os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes e dezembro e a 2021.

Já a queda do salário médio de admissão nos últimos meses pode ser explicada, segundo ele, pelo fato de as empresas manterem empregados mais qualificados durante as crises e contratarem trabalhadores menos qualificados durante as recuperações econômicas. Entre abril de 2021 até dezembro, o salário médio real de admissão passou de R$ 1.980,04 para R$ 1.778,84.

“Em momentos de crise, o salário médio sobe”, disse. “No momento em que reaquece, é natural que salário médio desça.”

De acordo com o secretário, o fechamento líquido de vagas registrado em dezembro pode ser explicado por fatores sazonais.

“Todo dezembro é assim, principalmente pela demissão de temporários”, disse.

Ele destacou durante a entrevista que o “estoque de empregos formais continua se situando em um nível bastante alto”. Também afirmou que os requerimentos de seguro-desemprego ficaram em aproximadamente 480 mil em dezembro, “em linha” com meses anteriores.

Por fim, disse que “esperamos que os principais impactos econômicos [da pandemia] estejam já no nosso passado”.

Secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcolmo

José Cruz/Agência Brasil

Fonte: Valor Invest

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