O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu nesta sexta-feira, 28, que os países ocidentais evitem fomentar o “pânico” sobre as tensões com a Rússia. O presidente russo, Vladimir Putin, o presidente francês, Emmanuel Macron, concordaram, durante uma conversa telefônica, sobre “a necessidade de uma desescalada”, segundo a Presidência francesa, enquanto o chefe do estado-maior dos Estados Unidos, o general Mark Milley, advertiu que um conflito na Ucrânia teria “consequências terríveis”. Durante uma entrevista coletiva, o presidente Zelensky enfatizou que “a probabilidade de ataque existe, não desapareceu e não foi menos grave em 2021”, mas disse não ver nenhuma escalada maior do que já existia no ano passado. “Não precisamos desse pânico”, reforçou, pedindo ainda à Rússia que faça um gesto por uma “desescalada”.
“O maior risco para a Ucrânia é desestabilização da situação interna, e não a ameaça de uma invasão russa, disse Zelensky. A Rússia sempre negou ter planos de invasão, mas se considera ameaçada pela expansão da Otan para o leste nos últimos vinte anos e pelo apoio ocidental à Ucrânia. Tanto a Europa quanto os Estados Unidos ameaçaram aplicar duras sanções contra a Rússia se ela decidir invadir a Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, destacou pela manhã: “Se depender da Rússia, não haverá guerra. Não queremos guerras. Mas não vamos permitir que nossos interesses sejam ultrajados e ignorados”.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan