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Política

Bolsonaro pede para não depor presencialmente e quer conclusão de inquérito sobre interferência

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O presidente Jair Bolsonaro pediu, nesta quinta-feira, 26, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para não prestar depoimento presencial à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que investiga a suposta interferência do chefe do Executivo na corporação. Além disso, ele quer o encaminhamento dos autos finais da investigação, e a conclusão do inquérito pela PF. O governo tentava autorização para que ele prestasse o depoimento por escrito. O plenário do STF começou a analisar o tema, mas o julgamento acabou sendo suspenso em outubro, sem data para a retomada.

No documento, a Advocacia-Geral da União (AGU), que faz a defesa de Bolsonaro, alega que as acusações são “infundadas”, conforme observado na gravação da reunião ministerial de 22 de abril. “Assim, o Peticionante vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., declinar do meio de defesa que lhe foi oportunizado unicamente por meio presencial no referido despacho”, escreveu. Em sessão iniciada em 8 de outubro, Celso de Mello, que ainda ocupava a relatoria, votou pelo depoimento presencial do presidente. No dia 13, o ex-ministro se aposentou, e Alexandre de Moraes ficou responsável pela relatoria do caso. Para garantir o direito do presidente de se manifestar por escrito, a AGU se apoia na decisão tomada em 2017 pelo ministro Luís Roberto Barroso, que permitiu ao então presidente Michel Temer a apresentação de esclarecimentos por escrito em uma investigação envolvendo irregularidades no setor portuário.

Interferência de Bolsonaro na PF

O inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro por suposta interferência na autonomia da Polícia Federal foi aberto pelo ministro Celso de Mello em abril, pouco após asaída de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública. Na ocasião, Moro afirmou que decidiu deixar o governo porque o presidente queria trocar o diretor-geral da Polícia Federal “sem motivação específica”. Ele disse, ainda, que o presidente queria pessoas próximas a ele dentro do órgão para colher informações. “Falei para o presidente que seria uma interferência política. Ele disse que seria”, disse Moro durante coletiva de imprensa.

Fonte: Jovem Pan

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