Um grupo de taxistas se concentrou, na manhã desta quarta-feira (19), em frente ao prédio da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), na parte alta de Maceió, em protesto contra apreensões de veículos que fazem o transporte de passageiros do interior.
A mobilização foi convocada pelo Sindicato dos Taxistas de Alagoas (Sintáxi/AL) e, segundo os manifestantes, deve durar até que uma comissão seja recebida pela direção do órgão para tentar um entendimento.
Os profissionais que rodam do interior para a capital alegam que estão sendo alvos de uma perseguição sem sentido. Dizem que os táxis que estão vindo dos municípios estão sendo apreendidos em Maceió, sob a alegação de que estão circulando como lotação.
"Quando chegam do interior, os colegas deixam os passageiros no destino e ficam aguardando o retorno deles em um estacionamento particular. Não ficam em vias públicas chamando novos clientes", garante Fernando Ferreira, secretário-geral do Sintáxi/AL.
Ele explica que, em muitas ocasiões, o passageiro não retorna no horário combinado e os taxistas acabam levando para casa, no interior, outros viajantes. "Mas, sempre são passageiros do município de origem. Nenhum taxista do interior pega passageiros de Maceió para uma corrida", reafirma o sindicalista.
Fernando cita que o estopim para que a categoria se revoltasse se deu nessa terça-feira (18), no bairro do Trapiche. Segundo relata, um táxi proveniente do município de Coruripe foi apreendido – e levado para o pátio da SMTT Maceió – após os agentes alegarem que o profissional estava fazendo lotação.
O sindicato esclarece que, neste caso, uma idosa que mora naquela cidade do Litoral Sul tentava retornar para casa, depois de uma consulta médica na capital. Como tem dificuldade de locomoção e possui deficiência visual, ela teria dito que preferiria viajar de táxi, e não, no transporte complementar (van). "A passageira era da cidade e o valor da corrida é rateado", informou.
Com o ato, o secretário-geral do Sintáxi/AL diz esperar que os argumentos dos colegas sejam compreendidos e aceitos pelo superintendente da SMTT. Se não avançarem no diálogo com o órgão, o sindicalista adianta que deve procurar o Ministério Público de Alagoas (MPAL).
A assessoria de comunicação da SMTT informou que uma nota de esclarecimento será enviada à imprensa sobre o ato dos taxistas do interior.