Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

valor

Probabilidade de reedição do auxílio ainda é de 30% a 40%, diz Eurasia

Imagem de destaque da notícia
A consultoria apontou que o fator preponderante para uma nova rodada do benefício é a evolução da segunda onda no Brasil Embora os comentários feitos ontem pelos dois favoritos à sucessão da Câmara e do Senado tenham elevado a preocupação dos investidores sobre uma possível reintrodução do auxílio emergencial, a Eurasia Group não alterou a probabilidade de que o evento ocorra, que hoje está entre 30% e 40%. Segundo diretor consultoria no Brasil, Silvio Cascione, o fator preponderante para uma nova rodada do benefício é a evolução da segunda onda no Brasil, e não o perfil de quem vai ganhar a eleição no Legislativo.

"O que vai definir o futuro do auxílio é o agravamento ou não da pandemia. Não é a eleição do Congresso, mas se a pandemia vai causar um impacto mais significativo na atividade econômica, como vimos no ano passado", diz o profissional. "Ao contrário daquele momento, no entanto, temos visto autoridades mais cautelosas em sua forma de agir este ano, tentando controlar com medidas pontuais. Por outro lado, como este virus é agressivo e o contágio cresce de forma exponencial, a gente não pode descartar", complementa.

Embora ainda atribua probabilidade majoritária ao cenário em que o auxílio acabe não voltando, a consultoria entende que ele terá um custo menor ao Tesouro do que o formato como encerrou 2020. "Se houver reintrodução, ele deve ser mais curto na duração, o fato da vacinação já ter começado ajuda nesse sentido. Ele também deve ser limitado no valor ou no escopo. Não vão querer reabrir o caixa e voltar ao que estava sendo feito ano passado", diz.

Ainda assim, uma reedição do programa acabaria extrapolando o teto de gastos. "É difícil fazer caber, como o Lira tem defendido. Precisaria fazer cortes significativos no Orçamento. Por outro lado, romper o teto traria um senso de urgência maior pela aprovação de reformas de cunho fiscal para o médio e longo prazo”, diz.

Cascione nota que, na versão discutida no fim do ano passado, a PEC Emergencial, que traria novos gatilhos de contenção de despesas, não abriria espaço tão relevante logo no primeiro ano para acomodação desse tipo de programa. Esse cenário, portanto, é uma versão do que a consultoria tem projetado desde o ano passado, que a âncora fiscal verga, mas não quebra. Ou seja, que o governo irá oferecer um gasto temporário no curto prazo em troca de medidas de controle dos gastos no médio e longo prazos", diz.

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Fonte: Valor Invest

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis