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Barra vive boom imobiliário no segmento de alto padrão

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De janeiro a setembro, apenas no Península, foram vendidos 240 imóveis — mais do que um por dia, segundo o Data.Rio, portal de dados da prefeitura A Barra da Tijuca é o local que mais atrai novos empreendimentos imobiliários no Rio de Janeiro — e, na outra ponta, um dos mais procurados para se morar na cidade. Não por acaso! Além da orla com praias de águas limpas, áreas verdes preservadas, lagoas e shopping centers, o bairro tem um dos melhores sistemas de mobilidade urbana da capital com o BRT e a linha 4 do metrô, que facilitam os deslocamentos para outros bairros.

Os números dão uma real dimensão da velocidade com que os negócios imobiliários acontecem na região. De janeiro a setembro, apenas no bairro planejado Península, foram vendidos 240 imóveis — mais do que um por dia, segundo o Data.Rio, portal de dados da Prefeitura do Rio. Num evento realizado de 3 a 21 de novembro, a Carvalho Hosken vendeu dois apartamentos por dia no condomínio Ilha Pura.

A recuperação abrange o bairro inteiro. Levantamento do Secovi Rio constatou no bairro a maior valorização de residenciais até outubro: 18,8%. A área de inteligência do grupo Cyrela referenda o bom desempenho: 93% dos lançamentos da Barra de 2011 a 2020 foram vendidos.

O Península, idealizado pela Carvalho Hosken em 2002, rendeu cerca de R$ 15 bilhões com a venda de cinco mil unidades. O presidente Carlos Felipe de Carvalho calcula que a soma de investimentos da empresa no bairro chegue a R$ 2 bilhões apenas em desenvolvimento, sem contar a construção das edificações. O retorno foi de cerca de 30% desse valor.

Ilha Pura é hoje o principal projeto da Carvalho Hosken, que lançou três de seus sete condomínios de alto padrão em 2014. São 12 torres e 1.428 apartamentos com preço do metro quadrado a partir de R$ 8,8 mil — e mais de 80% foram vendidos ou alugados. O projeto conta ainda com mais quatro condomínios. Para os próximos oito anos, o planejamento de VGV do Ilha Pura é de R$ 4,5 bilhões.

APOSTA NO BAIRRO

Depois de quase seis décadas no mercado de alto luxo em Minas Gerais, a Patrimar chegou ao Rio também apostando na Barra. O Oceana Golf, seu primeiro empreendimento na cidade, ocupa terreno de 27 mil metros quadrados entre a praia e a lagoa de Marapendi.

Acima, vista aérea do Oceana Golf, que ocupa terreno de 27 mil metros quadrados entre a praia e a lagoa de Marapendi. Ao lado, detalhe das varandas.

PATRIMAR/DIVULGAÇÃO

São seis torres com unidades de 194 a 268 metros quadrados, além de seis coberturas lineares que chegam a 547 metros quadrados e custam entre R$ 9 milhões e R$ 14 milhões. Os demais têm preços que variam entre R$ 13 mil e R$ 18 mil o metro quadrado.

CEO da incorporadora, Alex Veiga prevê investir R$ 1 bilhão na região nos próximos cinco anos. “Este é o momento”, diz. E é mesmo! Depois de um longo período de demanda reprimida devido a crises e à queda da taxa de juros, o mercado imobiliário do Rio se recupera — e a Barra explode em lançamentos.

O diretor Comercial e de Marketing, Lucas Couto, contou que o planejamento inicial da Patrimar era colocar apenas três torres à venda na primeira fase, em outubro. “Recebemos muitas propostas de compra e resolvemos incluir mais uma torre. No primeiro fim de semana, 80% das unidades foram vendidas, e a procura se mantinha. Abrimos as outras duas torres este mês e estamos com o empreendimento inteiro à venda”, conclui.

A expectativa de lucro estimada pela empresa é de cerca de 20%. Os imóveis serão entregues em julho de 2025. E novos planos saem do papel a partir de 2022. “Está previsto para abril o lançamento do projeto de um dos três terrenos que compramos. Ao final, o VGV nas três áreas será de R$ 3 bilhões”, afirma o diretor de Finanças e Relações com Investidores, Felipe Enck Gonçalves.

RETORNO À CIDADE

A paulistana Cyrela — cujo braço carioca é a RJZ — está voltando a investir na cidade após seis anos ausente e acaba de lançar o Orygem Acqua Home, com quatro torres, que terá 2,3 mil metros quadrados de espelho d"água em uma área cinco vezes maior. “O mercado da região tem demanda. Não vamos parar por aqui”, diz o diretor Comercial Marcel Vieira, informando que, em janeiro, a empresa dará início a um novo empreendimento na região, com VGV de R$ 400 milhões.

A mineira Canopus está lançando o quarto empreendimento no bairro, o Be.Península, com VGV de R$ 330 milhões. São 300 apartamentos com preços em torno de R$ 1,5 milhão, de dois e três quartos com metragens de 75 a 108 metros quadrados. Além de quatro coberturas lineares de 270 metros que serão negociadas por R$ 3,3 milhões cada.

A empresa abriu as vendas de dois dos três blocos no dia 25 de novembro, com expectativa de venda de 30% em um mês, segundo o superintendente Comercial Thiago Hernandez. O VGV do Be.Península será de R$ 349 milhões.

Com 165 quilômetros quadrados, o equivalente a dez vezes o tamanho dos principais bairros da Zona Sul, somados, a Barra também de destaca pelos condomínios horizontais de alto luxo. Segundo Rafael Duarte, CEO da Ello Desenvolvimento Imobiliário, com mais de 25 empreendimentos desenvolvidos no bairro ao longo de duas décadas, “as casas tiveram aumento de demanda de 30% e hoje não há mais esse padrão de residência à venda”.

Fonte: Valor Invest

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