Itaú Unibanco registra lucro recorrente de R$ 6,779 bilhões no 3º trimestre

Itaú Unibanco registra lucro recorrente de R$ 6,779 bilhões no 3º trimestre
Montante representa alta de 34,77% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 3,61% ante o trimestre anterior O Itaú Unibanco obteve lucro líquido recorrente de R$ 6,779 bilhões no terceiro trimestre, o que representa alta de 34,77% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 3,61% ante o trimestre imediatamente anterior. O resultado veio acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam para um ganho de R$ 6,601 bilhões.

O lucro contábil do Itaú ficou em R$ 5,78 bilhões entre julho e setembro, com alta de 28,67% ante igual intervalo de 2020 e retração de 23,54% na base trimestral.

O banco contabilizou margem gerencial financeira de R$ 19,515 bilhões no período, com alta de 3,85% ante o trimestre anterior e de 15,28% em relação ao terceiro trimestre de 2020.

A margem com clientes ficou em R$ 17,587 bilhões, com alta de 4,7% no trimestre e avanço de 13,1% em 12 meses. Já a margem com o mercado foi de R$ 1,928 bilhão, com queda de 3,2% e alta de 40,4%, respectivamente.

“Margem financeira com clientes cresceu 4,7% no trimestre devido ao maior volume médio de crédito e da maior quantidade de dias corridos no trimestre. A redução dos spreads de crédito foi mais do que compensada pelo crescimento da margem de passivos no trimestre.”, diz o banco.

Bloomberg

A taxa média da margem com clientes ficou em 7,4%, de 7,4% no segundo trimestre e 7,5% no terceiro trimestre de 2020.

A receita de tarifas atingiu R$ 11,569 bilhões, com altas de 2,1% no trimestre e de 4,3% em 12 meses. Já as despesas alcançaram R$ 12,819 bilhões, com avanços de 2,1% e 1,1%, respectivamente.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 19,7% no terceiro trimestre, ante 18,9% no segundo trimestre e 15,7% no terceiro trimestre do ano passado.

Custo do crédito

O Itaú informou que seu custo do crédito ficou em R$ 5,232 bilhões, com alta de 11,5% no trimestre e queda de 17,2% em 12 meses. Esse custo é formado por R$ 5,526 bilhões em despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD), menos R$ 857 milhões em recuperação de créditos que haviam sido baixados a prejuízo. Na conta entra ainda um ganho R$ 21 milhões em "impairment" e uma perda de R$ 583 milhões com descontos concedidos.

Segundo o Itaú, o aumento do custo do crédito no trimestre ocorreu em função da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos negócios de varejo no Brasil, devido ao crescimento da carteira de crédito e ao aumento nominal do atraso. Na América Latina, o aumento foi causado principalmente pela variação cambial no período.

“Em relação aos primeiros nove meses de 2020, a redução no custo do crédito ocorreu devido ao maior provisionamento feito no primeiro semestre de 2020, devido à alteração do cenário macroeconômico e das perspectivas financeiras das pessoas e das empresas, capturada por nosso modelo de provisionamento por perda esperada”.

Inadimplência

O banco encerrou o terceiro trimestre com inadimplência de 2,6% na carteira de crédito, de 2,3% em junho. A taxa havia ficado em 2,2% em setembro do ano passado.

A taxa de calotes de pessoa física ficou em 3,6% no fim de setembro, ante 3,6% em junho e 4,3% no fim do terceiro trimestre de 2020. No caso de grandes empresas, o indicador estava em 1,1%, de 0,3% e 0,5%, na mesma base de comparação. Em micro, pequenas e médias empresas, ficou em 2,6%, de 2,6% e 1,4%. E nas operações do banco em outros países da América Latina foi de 2,0%, de 1,4% e 1,2%.

Segundo o Itaú, o aumento no índice de grandes empresas ocorreu devido à rolagem de clientes específicos que já estavam adequadamente provisionados.

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 1,7% em setembro, de 2,5% em junho e 1,9% em setembro de 2020. Em pessoa física, caiu para 2,4%, de 2,6% e 3,0%, respectivamente.

O índice de cobertura ficou em 234%, de 283% no segundo trimestre e 339% no terceiro trimestre do ano passado.