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Jornal da Manhã

Bolsonaro lamenta 200 mil mortos, mas diz que "a vida continua"


A dor do Leandro Bezerra não tem tamanho. “É muita tristeza, entendeu? É muita tristeza no coroação.” A mãe do jovem é uma das mais de 200 mil pessoas mortas pela Covid-19 no Brasil. A primeira morte foi confirmada em fevereiro do ano passado. Nos meses seguintes, o número de óbitos subiu gradativamente, até que em junho foi atingido um platô — com cerca de mil mortes diárias. Em 8 de agosto, 100 mil vidas já haviam sido perdidas na pandemia. Mas, no mesmo mês, começou a ser observada uma tendência de queda nos números que não durou muito.

A coordenadora de UTI do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Viviane Cordeiro Veiga, ressalta que o momento é crítico. “É um momento muito delicado. É um momento, realmente, de aumento do número de casos, da taxa de ocupação das UTI. Cerca de 5% das pessoas que tem Covid precisam de UTI. Mas a gente está falando de 5% de 8 milhões de casos. Isso é muita gente.” O maior receio de médicos e especialistas é que as aglomerações vistas nas festas de fim de ano continuem acontecendo.

Enquanto a vacinação não começa, as medidas de prevenção ainda são a única saída para controlar o avanço da pandemia. As cenas de hospitais lotados e filas nos cemitérios têm voltado a se repetir no Brasil afora, como é o caso de Manaus. Moradora da cidade, a dona de casa Maria Tereza faz um apelo à população. “Se todo mundo tivesse consciência, botar a mascara na cara e fazer o que tem que fazer, não tinha necessidade disso. Tanta gente passar necessidade, comprar coisa e não poder vender. Não pode trabalhar.”

Em nota, o Ministério da Saúde lamentou as mortes de homens e mulheres que tiveram os sonhos e projetos interrompidos pelo coronavírus. A pasta enalteceu o empenho de milhares de profissionais da saúde, que já salvaram mais de 7 milhões de vidas no país. Em uma breve declaração, durante a live semanal, o presidente Jair Bolsonaro lamentou as 200 mil mortes. “Muitas dessas mortes com Covid, outras de Covid, não temos uma linha de corte. Mas a vida continua. Lamento profundamente, estou preocupado com a minha mãe que tem 93 anos. Se ela contrair vai ter dificuldade pela sua idade. Mas é isso aí.” Também em nota, o presidente do Supremo Tribunal Federal se solidarizou com as famílias e amigos das vítimas. Segundo o ministro Luiz Fux, “o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça continuarão, como vêm fazendo desde o início da pandemia, atuando para ajudar a sociedade brasileira a mitigar danos e impactos desta tragédia humanitária”.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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