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CoronaVac

Estado de SP foi o primeiro a decretar quarentena e uso de máscaras; relembre


O governo do Estado de São Paulo respondeu prontamente à pandemia da Covid-19 assim que o primeiro caso da doença foi registrado na capital paulista no dia 25 de fevereiro, no Hospital Albert Einstein. No dia seguinte, o governador João Doria anunciou a criação do Centro de Contingência da Covid-19 composto por 20 médicos infectologistas e epidemiologistas – entre eles David Uip, Helena Sato, José Medina, Marcos Boulos e, mais tarde, o até então braço direito do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, João Gabbardo. O grupo de cientistas foi o responsável por respaldar e ditar, junto à Secretária Estadual de Saúde (SES), todas as medidas de contenção das atividades econômica e, depois, flexibilização com a criação do Plano São Paulo, anunciado em maio.

No dia 16 de março, o governo estadual já tinha anunciado a suspensão das aulas nas escolas estaduais e municipais. Dois dias depois, determinou o fechamento de shoppings e academias. A primeira quarentena foi decretada no Estado de São Paulo no dia 24 de março e permitia o funcionamento apenas das atividades essenciais: alimentação, abastecimento, saúde, bancos, limpeza e segurança. Já o uso de máscaras foi dado como obrigatório no dia 7 de maio. Entre as medidas para tentas diminuir a taxa de isolamento no Estado, os feriados de Corpus Christi e Consciência Negra foram antecipados para os dias 20 e 21 de maio.

No meio da crise, em julho, SES ainda sofreu uma mudança estrutural: por motivos de saúde, o então secretário José Henrique Germann foi substituído pelo infectologista do Instituto Emílio Ribas, Jean Gorinchteyn. Germann assumiu a posição de assessor especial do governo Doria. Pouco tempo antes, em junho, o governador João Doria apresentou o que seria o maior triunfo do Estado na pandemia: a CoronaVac, uma potencial vacina contra a Covid-19 produzida em parceria do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac. De acordo com um Plano Estadual de Imunização (PEI) apresentado no início de dezembro, a vacinação está prevista para começar no dia 25 de janeiro. Devido à sua dimensão, São Paulo é a unidade federativa do Brasil com o maior número de infectados e mortos pela doença.

Trabalhadores da área de saúde, indígenas e quilombolas
1ª dose em 25 de janeiro e 2ª dose em 15 de fevereiro.

Idosos com 75 anos ou mais
1ª dose em 8 de fevereiro e 2ª dose em 1º de março.

Idosos de 70 a 74 anos
1ª dose em 15 de fevereiro e 2ª dose em 8 de março.

Idosos de 65 a 69 anos
1ª dose em 22 de fevereiro e 2ª dose em 15 de março.

Idosos de 60 a 64 anos
1ª dose em 1º de março e 2ª dose em 22 de março.

No dia 14 de dezembro, João Doria anunciou que o Instituto Butantan decidiu não submeter os estudos da CoronaVac ao uso emergencial. Em vez disso, seria pedido apenas o registro definitivo. De acordo com o governador, isso aconteceu porque os estudos clínicos atingiram o número mínimo de infectados para registro — 154 voluntários. No dia 17 de dezembro, o Butantan anunciou que decidiu realizar as duas submissões – tanto a definitiva quanto a emergencial após a Anvisa fixar a data de 10 dias para análise de pedidos emergenciais.

Porém, no dia 23 de dezembro, o governo estadual afirmou que a fase 3 dos testes atingiu o nível de eficácia exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovação emergencial. Os resultados, no entanto, não foram apresentados. Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a farmacêutica chinesa pediu que o parceiro brasileiro encaminhasse os dados para que eles sejam computados e apresentados de forma conjunta com testes realizados em outros países. As informações já foram compartilhadas e a expectativa é que a Sinovac dê o sinal verde para a divulgação por volta do dia 7 de janeiro.

Politização da ciência

Durante o mês de outubro, um debate entre o governador João Doria e o presidente Jair Bolsonaro acendeu acusações e defesas sobre uma possível politização da ciência. De um lado, Doria manifestou o interesse de tornar a imunização contra a Covid-19 obrigatória. Do outro, o presidente Jair Bolsonaro o tucano de “médico do Brasil” e chegou até a desmentir o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, após uma manifestação de interesse de compra da CoronaVac. No dia 16 de outubro, Doria afirmou que a vacina contra o coronavírus seria obrigatória no Estado após a liberação da Anvisa.

De acordo com ele, somente pessoas que apresentarem atestado médico serão liberadas da obrigatoriedade de receber o imunizante. “Em São Paulo, a vacinação será obrigatória, exceto para quem tenha orientação médica e atestado de que não pode tomar a vacina. E adotaremos medidas legais se houver contrariedade nesse sentido”, disse na época. Depois, no dia 20, após uma reunião virtual com governadores, Pazuello sinalizou a compra de 46 milhões de doses da vacina do Butantan até dezembro de 2020, incluindo-a no Programa Nacional de Imunização (PNI).

No dia seguinte, Bolsonaro declarou, em uma rede social, que a compra não seria feita. Minutos depois, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou que “não há intenção de compra de vacinas chinesas” e que, no depender da pasta, a vacina contra Covid-19 não seria obrigatória. Em nota, a Secretaria da Saúde de São Paulo e o Instituto Butantan afirmaram receber “com surpresa e indignação” a declaração do governo federal. No dia 9 de novembro, o presidente afirmou que o governo federal iria comprar e disponibilizar qualquer vacina contra a Covid-19 que passar pelo aval do Ministério da Saúde e for certificada pela Anvisa. No final das contas, na divulgação do Plano Nacional de Imunização, no dia 16 de dezembro, a CoronaVac foi incluída – assim como todos os imunizantes que estão na finalização da fase 3 de testes.

Quanto à obrigatoriedade da vacina, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, no dia 17 de dezembro, que vacinação contra a Covid-19 será obrigatória, mas ninguém será vacinado a força. A União, os municípios, os 26 estados e o Distrito Federal poderão criar leis para aplicar sanções a quem se recusar a se vacinar. Os ministros também determinaram que os pais não estão desobrigados de vacinar os filhos por motivos ideológicos.

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