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Brasil está vivendo período relativamente longo de moratória da delta, avalia virologista

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No país, quatro meses depois da identificação dos primeiros casos, a variante não provocou uma piora nas contaminações, internações e mortes A variante delta do coronavírus, que causou uma avalanche de novos casos nos últimos meses em países da Europa, Ásia e também nos Estados Unidos, parece estar se comportando de uma forma diferente no Brasil. Aqui, quatro meses depois da identificação dos primeiros casos, a variante não provocou uma piora nas contaminações, internações e mortes. Os números, ao contrário, são declinantes.

Leia mais: Variante delta: Sintomas, eficácia da vacina e o que mais se sabe sobre a mutação do coronavírus

O virologista Fernando Spilki, coordenador da rede Corona-ômica do Ministério da Ciência e Tecnologia, diz que o surto devastador que o país viveu de covid-19 nos primeiros meses do ano (com mais de 4 mil mortos por dia) e também a vacinação podem estar servindo de escudo à delta. A rede do ministério reúne instituições pelo país que fazem sequenciamentos genômicos de amostras do coronavírus para identificar quais variantes estão em circulação. A Corona-ômica é uma das grandes redes do tipo no país.

“A delta apareceu na Índia em dezembro e foi causar problemas em fevereiro. Em vários outros países, ela apareceu e só efetivamente foi causar grandes problemas também ao redor de oito semanas depois”, disse Spilki, em entrevista ao Valor. “No Brasil, ainda que em algumas regiões essa velocidade tenha aumentado muito nas últimas três ou quatro semanas, a gente, de fato, está vivendo um período relativamente longo do que eu costumo chamar de moratória da delta.”

Presidente da Sociedade Brasileira de Virologia entre 2019 e 2020, Spilki lembra que o percentual de vacinados com duas doses embora ainda na casa dos 30% já serve de alguma proteção. Associado a isso, houve o pico dos casos no início do ano.

Os casos identificados de delta no Brasil seguem altamente concentrados nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro – onde já uma predominância da variante entre os novos casos.

Spilki questiona o movimento generalizado de flexibilização das restrições ao comércio e serviços. “Então eu acho muito complicado neste momento em virtude desta incerteza que nós temos em relação ao futuro próximo sobre a delta. Nós deveríamos ser mais cautelosos.”

Leia a íntegra da matéria na edição desta segunda-feira do Valor.

Fonte: Valor Invest

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