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Com avanço da pandemia, São Paulo terá "janeiro difícil", avalia secretário da Saúde

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A capital paulista pode superar, nos próximos dias, o índice de contaminações registrado no pior momento da pandemia, registrando entre os meses de julho e agosto. A informação é do secretário da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 18, o secretário explicou que o recente aumento da média móvel de novos casos a cada sete dias irá refletir em um aumento gradual das internações no mês de janeiro, que promete ser “difícil”. “Estamos com média móvel, a cada sete dias, de 306 novos casos. Se continuarmos nessa evolução, rapidamente, iremos ultrapassar o índice que tivemos no pico da pandemia. A outra consequência será o aumento gradual das internações, seja em leitos de enfermaria ou nas UTIs”, explica a autoridade de saúde.

Segundo o secretário, o aumento pode levar a uma situação ainda pior, considerando que o grau de aderência da população às medidas sanitárias é consideravlmente mais baixo, no momento. “Todos os apelos feitos pela Prefeitura e pela vigilância para que as pessoas não lotem bares, restaurantes, comércios e não participem de festas, são fundamentais, porque a tendência está muito clara. Nós mantivemos mais de mil leitos de UTI [na capital paulista], abrimos mais de 200 leitos de enfermaria e, no final do mês, serão mais leitos. Mas isso tudo não será suficiente se continuar a onda de crescimento e repique de casos na cidade e região metropolitana”, afirma, lembrando que 21% dos leitos de UTI de São Paulo são, atualmente, ocupados por pacientes de outras cidades, o que contribui para sobrecarga no sistema.

Edson Aparecido também reconheceu o aumento de mortes em decorrência da Covid-19. Segundo ele, no "pior momento da pandemia", São Paulo chegou a atingir 131 mortes na média móvel. Em 08 de novembro, a capital chegou a 08 falecimentos na taxa, sendo que, agora, com o novo avanço da doença, o registro médio chegou a 28 óbitos. Mesmo assim, o secretário descarta a possibilidade da instalação de hospitais campanhas. “Não devemos abrir hospitais de camapnha, mais abrir novos leitos de enfermaria e seguir o pelo que a Prefeitura vem fazendo para que os setores da economia nos auxiliem e cumpram as medidas de isolamento. A pandemia não passou e esse sentimento que a pandemia não representa mais perigo não é correto. Sem essa compreensão por parte da população, teremos um mês de janeiro bastante difícil no país e na cidade de São Paulo.”

Ao ser questionado sobre o aumento de internações de crianças na capital paulista, Edson Aparecido não titubeou e explicou que, segundo inquérito sorológico realizado pelo município, as crianças, embora assintomáticas, são “muito sucetíveis” à Covid-19. “Tivemos de março a novembro 16.564 casos de síndrome respiratória aguda grave em crianças e 763 contraíram a Covid-19, sendo que dessas 20 forma a óbito. Mas no período de outubro, novembro e dezembro, houve um crescimento de casos. As crianças são, realmente, um quadro preocupante, estamos companhando. Precisamos tomar uma decisão que leve em conta os dados da ciência para que seja uma decisão segura e que não coloque em risco a vida das crianças e dos professores”, finalizou. A partir da próxima segunda-feira, 21, a Prefeitura de São Paulo iniciar um novo inquérito sorológico com objetivo de mensurar o grau de imunidade dos alunos.

Fonte: Jovem Pan

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