Nesta quinta-feira, 10, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou o seu perfil oficial no Twitter para anunciar que Marrocos e Israel normalizaram as suas relações diplomáticas, evento que ele considerou “um marco para a paz no Oriente Médio“. Em comunicado oficial, a Casa Branca acrescentou que o acordo foi selado durante uma conversa telefônica entre o republicano e o rei do Marrocos, Mohamed VI, que concordou em retomar a cooperação econômica e cultural com Israel para“promover a estabilidade da região”. Dessa forma, o Marrocos se tornou o quarto país árabe a normalizar suas relações com Israel desde o início do governo Trump, precedido pelos Emirados Árabes, Bahrein e Sudão.
Ao que tudo indica, o aceite do rei Mohamed VI se deu em troca do reconhecimento dos Estados Unidos de que o território do Saara Ocidental pertence aos marroquinos, e não à República Árabe Saaraui Democrática (RASD) – um estado que não é totalmente considerado pela comunidade internacional. A decisão também foi compartilhada por Donald Trump em seu perfil no Twitter, onde justificou: “Os EUA acreditam que um estado saaraui independente não é uma opção realista para resolver o conflito e que uma autonomia genuína sob a soberania marroquina é a única solução viável”. Dessa forma, o presidente deixou claro que apoiará o Marrocos nas próximas negociações. Segundo ele, os Estados Unidos incentivarão o desenvolvimento econômico e social do país e abrirão um consulado em Dakhla, no território do Saara Ocidental.
Another HISTORIC breakthrough today! Our two GREAT friends Israel and the Kingdom of Morocco have agreed to full diplomatic relations – a massive breakthrough for peace in the Middle East!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 10, 2020
Today, I signed a proclamation recognizing Moroccan sovereignty over the Western Sahara. Morocco's serious, credible, and realistic autonomy proposal is the ONLY basis for a just and lasting solution for enduring peace and prosperity!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 10, 2020
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan