O promotor da Lava Jato do Peru, José Domingo Pérez, pediu à Justiça, nesta quinta-feira, 10, a prisão preventiva da candidata à Presidência Keiko Fujimori. Segundo o El Comercio, o promotor alega que Keiko tem violado as regras da sua liberdade condicional. A candidata responde por lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido contribuições ilegais da construtora brasileira Odebrecht durante as campanhas presidenciais de 2011 e 2016. Em 2020, ela foi libertada pelo Tribunal de Apelações sob fiança de 20 mil dólares, o equivale a cerca de 110 mil reais.“Foi novamente provado que a ré Fujimori Higuchi viola a restrição de não se comunicar com testemunhas, por que foi notado como fato público e notório que ela se comunica com a testemunha Miguel Torres Morales”, diz a solicitação. Quando as restrições foram impostas a Keiko Fujimori em abril de 2020, a Segunda Câmara de Recursos do Crime Organizado indicou que as referidas normas deveriam ser cumpridas “sob a advertência de revogação desta medida e a decretação de prisão preventiva contra ela, a pedido do Ministério Público ”. Na conferência desta quarta-feira, 9, Miguel Torres Morales se apresentou como advogado e porta-voz do Fuerza Popular, partido de Keiko. Ele, no entanto, é citado como testemunha nas investigações sobre financiamentos ilícitos da campanha da direitista.
Entre as provas anexadas pelo promotor, estão imagens da candidata ao lado de Torres durante a conferência. Durante o evento, Keiko anunciou que iria pedir às autoridades eleitorais do Peru a anulação de 802 urnas, que correspondem a cerca de 200 mil votos. Ele afirma que a candidata tem “sistematicamente violado a regra de conduta de não se comunicar com as testemunhas”. Em março de 2020, o promotor Pérez pediu uma pena de 30 anos e 10 meses de prisão contra Keiko pelos crimes de lavagem de dinheiro, crime organizado, obstrução à justiça e declaração falsa em processo administrativo. De acordo com o jornal La República, o juiz da 4ª Vara de Instrução Preparatória, Víctor Zúñiga Urday, deve convocar uma audiência nas próximas horas para determinar se Keiko Fujimori continua com suas restrições ou ele deve retornar à prisão preventiva.
Fonte: Jovem Pan