O secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia considera que a proposta de privatização da Eletrobras trará segurança ao país. Considerando os baixos níveis dos reservatórios das hidrelétrica e os recentes alertas de situação crítica em alguns Estados brasileiros, Diogo Mac Cord avalia que a proposta em tramitação no Congresso Nacional poderá garantir que esses problemas “não voltem a acontecer no futuro”. “A gente acoplou uma série de artigos, dispositivos que vão nos ajudar a superar esse problema e garantir que esse tipo de problema não volte a acontecer no futuro. Estamos reservando uma parte dos recursos que viria para o Tesouro, R$ 10 bilhões para revitalização das bacias, o que vai devolver água para os reservatórios e trazer a segurança energética. A gente consegue conectar sistemas isolados para que casos como do Amapá não aconteçam mais”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 7. Segundo Mac Cord, a proposta de privatização mira “no setor elétrico do futuro” e traz um “choque de realidade”. “A gente abre espaço para contratação de energia segura e barata. A Câmara incluiu dispositivo que contrata cerca de seis gigas de energia de termelétrica a gás, o que custa cerca de um terço do que tem sido contratado. Além de trazer segurança ao sistema, ajuda a reduzir tarifa de todos os brasileiros.”
Para viabilizar a redução das tarifas, o secretário do Ministério da Economia pontua que a proposta em tramitação prevê que dos R$ 60 bilhões arrecadados pela privatização, R$ 25 bilhões serão destinados para regular o preço dos encargos e, com isso, garantir a diminuição nos preços. ” Estamos falando de processo que trará um choque positivo para tarifa do brasileiro e segurança. Não existe país que cresça sem energia elétrica segura”, ressaltou, destacando que a mudança também trará uma visão mais liberal para o segmento. “Temos um projeto de lei que revisita toda a regulação do setor elétrico e traz um choque de liberalismo melhor, que a gente possa se aproximar de países do mundo e cada um possa escolher o seu fornecedor de energia elétrica“, disse. “O dia de amanhã é sempre pior que o de hoje. Estamos 20 anos atrasados, o que temos que fazer é correr para que o atraso seja retirado”, completou. Para que a privatização da Eletrobras aconteça é preciso que toda a tramitação da proposta seja finalizada até o dia 22 de junho, data em que a matéria perde a validade. Ainda sobre as propostas de privatização da pasta econômica, Diogo Mac Cord também ressaltou a privatização dos Correios, que trará a universalização do serviço por meio de uma modelagem de “privatização combinada com uma concessão”, e projetos locais, como do Ceasa de Minas Gerais e do Porto de Vitória, por exemplo.
Jovem Pan