O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira, 19, que não há prazo para encerrar a atual operação militar em Gaza. No dia anterior, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com Netanyahu e disse ser a favor de um cessar-fogo no confronto entre israelenses e palestinos. Rumores sobre um possível cessar-fogo mediado pelo Egito também surgiram ao longo do dia, aumentando a expectativa sobre o fim do conflito. Falando aos repórteres, o chefe de governo israelense declarou que seu país não está “com um cronômetro” e não tem um prazo definido para pôr fim à escalada da guerra com o enclave, que hoje entrou no seu décimo dia, segundo informou o site do jornal Times of Israel.
Netanyahu reuniu-se hoje com dezenas de embaixadores estrangeiros e disse que “Israel fez tudo o que pôde” para evitar a onda de violência, referindo-se a decisões policiais para acalmar as tensões com os palestinos em Jerusalém Oriental ou ao adiamento da decisão judicial sobre o despejo de famílias palestinas no bairro de Seij Yarrah, fatores detonantes da escalada com Gaza. “Estamos tentando maximizar a operação para restaurar a tranquilidade e o período de calma que Israel pode ganhar”, afirmou o primeiro-ministro, em alusão aos ataques aéreos contra alvos das milícias dos grupos islâmicos Hamas e Jihad Islâmica. “Há duas maneiras de fazer isso: conquistar (Gaza), e isso é sempre uma possibilidade, ou dissuadi-los”, acrescentou Netanyahu. “Estamos agora imersos em uma forte dissuasão, mas não excluímos nada”, advertiu o governante israelense em relação a uma possível incursão terrestre no enclave, algo que não ocorreu até agora.
A reunião do primeiro-ministro com dezenas de diplomatas aconteceu após dias de tentativas de mediação e de apelos internacionais para que as partes cheguem a uma trégua que até agora ainda não se materializou. Por sua vez, a imprensa israelense noticiou na terça-feira, 18, que um possível cessar-fogo com mediação egípcia entraria em vigor na manhã de quinta-feira, embora Netanyahu não tenha feito hoje qualquer menção a essa possibilidade. Segundo o primeiro-ministro israelense, em cada ataque a Gaza, o corpo de inteligência do exército tenta “evitar danos colaterais” e baixas civis. “Se as democracias de todo o mundo atacarem Israel por isto, ao invés do Hamas, agirão de forma desajeitada e irresponsável e recompensarão o terrorismo”, acrescentou Netanyahu nas suas redes sociais. Até agora, a escalada da violência deixou 219 mortos em Gaza, incluindo 63 menores, e 12 em Israel, entre eles dois menores.
*Com informações da EFE
Jovem Pan