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Alagoas

Funcionários da Caixa em Alagoas não aderem à mobilização nacional nesta terça-feira

Arquivo/Agencia Brasil
Arquivo/Agencia Brasil

Trabalhadores da Caixa Econômica Federal (CEF) participam de uma mobilização nacional com a suspensão das atividades por 24 horas nesta terça-feira (27). Mas em Alagoas, as atividades nas agências não serão afetadas, segundo o Sindicato dos Bancários.

De acordo com o sindicato, o percentual de bancários da Caixa que participou da assembleia que discutiu o indicativo de greve, no último dia 22, foi abaixo do necessário para adesão da mobilização.

Novas discussões virtuais serão realizadas nesta terça e quarta-feira (28).

"Um dos motivos para a decisão tomada pelos empregados da Caixa na quinta-feira é o que eles chamam de privatização fatiada, ou venda disfarçada do único banco 100% público do país. O mais novo alvo do governo Bolsonaro e de seu ministro Paulo Guedes é a Caixa Seguridade, que terá seu capital aberto na próxima quinta-feira (29). Os recursos obtidos com a venda da Caixa Seguridade serão devolvidos ao Tesouro Nacional, por meio dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs)", diz a nota do sindicato.

Reivindicações

A nível nacional, o Sindicato dos Bancários reivindica o cancelamento da abertura de capital da Caixa Seguridade, que está marcada para a próxima quinta-feira (29). "Pedimos desculpas à população, no entanto, é melhor um dia não funcionando do que não funcionando sempre", diz Dionísio Reis, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e funcionário da Caixa.

Além do cancelamento da venda das ações, o sindicato também reivindica a urgente contratação dos funcionários que passaram em concurso público promovido pelo banco em 2014 e que não foram chamados pela empresa. "No país inteiro, mais de 120 milhões de pessoas utilizaram a Caixa durante a pandemia para acessar o FGTS, o Bolsa Família e o auxílio emergencial. Falta empregados e o banco está recorrendo à Justiça para não contratar mais", diz Dionísio.

O sindicato afirma ainda que 20 funcionários da Caixa morreram nos dois primeiros meses deste ano de Covid-19, superando os 18 óbitos no ano passado inteiro. Pelo aumento da exposição, em especial por conta do aumento do fluxo de clientes nas agências para resgate do auxílio emergencial, o sindicato pede que os funcionários sejam incluídos entre os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização.

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