Um estudo preliminar de pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, apontou que as vacinas da Pfizer-BioNTech e Moderna não apresentam riscos graves durante a gravidez. A pesquisa coletou dados de 35 mil mulheres que receberam os imunizantes durante a gravidez ou logo após darem à luz, sendo o maior levantamento em mulheres grávidas já feito. No entanto, o estudo só aborda das 11 primeiras semanas do programa de vacinação dos EUA. Durante os estudos clínicos desses mesmos imunizantes, foram excluídas mulheres grávidas, o que causou desconfiança da população.
“Há muita ansiedade sobre se é seguro e se funcionaria e o que esperar em relação aos efeitos colaterais”, disse a Dra. Stephanie Gaw, especialista em medicina materno-fetal da Universidade da Califórnia ao "The New York Times". Segundo a médica, os efeitos colaterais relatados até agora pelas gravidas são os mesmos das pessoas não grávidas: dor no local da aplicação, fadiga, dores de cabeça e dores musculares. “Acho que tudo isso é muito reconfortante e acho que realmente ajudará os produtores e as autoridades de saúde pública a recomendar com mais veemência tomar a vacina durante a gravidez”, completou.
Apesar das boas notícias, a médica alerta que as pesquisas precisam ter mais estudo e possuem várias limitações. Como o período de estudo só abrangeu as primeiras semanas da vacinação, muitos dos casos envolviam profissionais de saúde. Ainda não há relatos sobre como ficaram as mulheres que se vacinaram no primeiro trimestre da gravidez. “Podemos nos sentir mais confiantes em recomendar a vacina durante a gravidez, especialmente em gestantes que correm o risco de contrair a Covid-19. Mas precisamos esperar mais dados para resultados completos de vacinação no início da gestação”, afirmou a Dra. Gaw.
Jovem Pan