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VIOLÊNCIA

Policial civil atingida por agente socioeducativo foi salva pelo colete

Tiro foi dado na altura do coração, mas foi contido pelo equipamento de proteção

Colete conteve a bala disparado contra a policial civil. divulgação
Colete conteve a bala disparado contra a policial civil. divulgação

A policial civil baleada durante um tiroteio na Praça dos Martírios, na manhã deste sábado (11), teve sua vida salva pelo colete à prova de balas. O confronto aconteceu quando o agente socioeducativo Rodrigo Ferreira Gustavo da Silva, acusado de violência doméstica e ameaças contra a ex-esposa, disparou contra a equipe policial que tentava abordá-lo.


De acordo com o delegado Nivaldo Aleixo, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o disparo efetuado por Rodrigo atingiu o peito da policial identificada como Vanessa, mas foi contido pelo colete. "A sorte dela foi o calibre da bala, que era .380. Se fosse 9 mm ou .40, ela teria morrido, pois o tiro foi na altura do coração", explicou.

Rodrigo, que estava foragido após ameaçar e agredir a ex-esposa, foi morto durante o confronto. Além dele, sua mãe e um dos filhos foram atingidos pelos disparos. O outro filho, que também estava no carro, não sofreu ferimentos.


Segundo o delegado, Rodrigo tinha histórico de agressões e abusos sexuais contra a ex-esposa, que havia obtido uma medida protetiva.

"Hoje de manhã, ele conseguiu saber que ela estava na casa do cunhado, foi lá, mas o cunhado não abriu a porta, olhou pelas câmeras e acionou a PM. Quando a polícia chegou lá, ele já havia saído do local", relatou o delegado. Segundo Aleixo, como Rodrigo tinha saído do local e estava ameaçando matar as pessoas, o advogado dele ligou para a Oplit, pedindo que tentassem localizá-lo.

"Coincidentemente, ele estava estacionado aqui na Praça dos Martírios. Quando a Oplit chegou, foi fazer uma abordagem naturalmente, como qualquer pessoa. Quando chegou na porta e pediu para ele baixar o vidro, ele baixou e, sem motivo algum, atirou".

Ele estava no carro com a mãe e os filhos e foi localizado na Praça dos Martírios, mas disse à policial que o abordou que estava sozinho. "O carro tinha vidros fumê. Quando ele abriu a janela, já efetuou o primeiro disparo, que atingiu a policial Vanessa. A equipe reagiu, e os tiros acabaram atingindo também a mãe dele e uma criança que estava no veículo", relatou Aleixo.

Antônio de Pádua, coordenador da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit), contou que o agente socioeducativo, ao baixar o vidro do lado do motorista, já pegou a arma e atirou contra a policial. Segundo Pádua, foram encontrados sete estojos deflagrados no local, indicando que ele fez pelo menos sete disparos antes de ser neutralizado.

O CASO

Rodrigo Ferreira Gustavo da Silva era acusado de estuprar e espancar a ex-esposa, além de ameaçar de morte ela e seus familiares. Na manhã do confronto, a ex-esposa havia procurado abrigo na casa do irmão, temendo pela própria vida.


O agente foi localizado em um HB20 branco, de placa SAE-5H42. Durante a abordagem, reagiu violentamente, desencadeando o tiroteio. A perícia segue investigando o caso, com análise da arma apreendida e depoimentos dos envolvidos para conclusão do inquérito.

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