A Justiça de Alagoas manteve a prisão preventiva de três suspeitos envolvidos no brutal assassinato da adolescente Ana Clara Firmino, de apenas 12 anos, ocorrido no dia 2 de janeiro em Maravilha, no interior do estado. Os suspeitos, um jovem de 22 anos, sua namorada de 25 e um terceiro envolvido de 20 anos, foram detidos após investigações conduzidas pela Polícia Militar e pela Polícia Civil.
Ana Clara foi assassinada a facadas enquanto tentava intervir em uma agressão contra um adolescente de 17 anos que a acompanhava. O crime, inicialmente tratado como um latrocínio, agora levanta hipóteses de feminicídio motivado por ciúmes. Segundo relatos preliminares, os suspeitos chegaram ao local em um Gol prata e abordaram Ana Clara e seus três amigos, anunciando um suposto assalto. Durante a confusão, Ana Clara foi esfaqueada e morreu no local.
VERSÕES CONFLITANTES
Os depoimentos dos suspeitos revelam versões divergentes. A mulher de 25 anos teria confessado o crime durante abordagem policial, enquanto o jovem de 20 anos negou ter matado a vítima, mas admitiu ter participado da ação criminosa. Em seu relato, ele afirmou que o objetivo inicial seria um assalto, mas o crime teria escalado para a violência após resistência das vítimas.
O jovem de 22 anos, proprietário do veículo utilizado no dia do crime, por sua vez, disse que tentou impedir o assassinato, mas não conseguiu evitar o desfecho trágico. Ele também declarou que o crime foi motivado por ciúmes do suspeito mais novo ao ver Ana Clara acompanhada de outro adolescente.
INVESTIGAÇÃO E PROVAS
Imagens de câmeras de segurança na região ajudaram a identificar o veículo usado pelos suspeitos, levando à prisão do trio. Testemunhas confirmaram que o carro foi visto nas imediações do crime e que os ocupantes desceram anunciando o assalto. Sobreviventes do ataque também forneceram depoimentos que corroboram a hipótese de uma abordagem violenta.
A polícia investiga se Ana Clara foi morta por resistir ao suposto assalto ou se o ataque foi premeditado e motivado por questões passionais. Segundo o delegado responsável, as provas têm sido essenciais para esclarecer as circunstâncias do crime, mas ainda há lacunas a serem preenchidas.