O comando brasileiro do bloco, formado ainda por Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Egito e Etiópia, deve colocar em debate, por exemplo, o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Mas, as chances de avanço nesse tema devem ser baixas. Isso, mesmo com a tradicional diplomacia mediadora do Brasil pela neutralidade e pela paz.
Foi o que explicou o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Alcides Costa Vaz.
Outro assunto que deve ser levado pelo Brasil: os conflitos entre Israel e Irã e grupos como Hamas, na Faixa de Gaza; Hezbolah, no Líbano; e Houthis, no Iêmen.
A presidência brasileira do Brics deve enfrentar dificuldades ainda para encontrar um consenso para a reforma do Conselho de Segurança da ONU, segundo o professor.
É que um assento permanente nesse grupo não é uma demanda apenas do Brasil; é também da Índia e da África do Sul; ou seja, há disputa interna no bloco pelo posto.
Entre os pontos que podem avançar, está a reforma do sistema financeiro internacional, defendida por Lula com o uso de uma moeda alternativa ao dólar.
Isso porque a ideia já é defendia por alguns países do G20; o grupo responde por 85% de toda a riqueza produzida no planeta.
Já o grande peso econômico do Brics deve ficar diluído, mesmo produzindo 36% de toda a riqueza do mundo e tendo China e Índia como principais parceiros comerciais de vários países.
O enfretamento às mudanças climáticas, outra agenda do Brasil, pode esbarrar na China por conta das formas de encaminhamento do assunto, não pela importância.
E o combate às desigualdades sociais e econômicas estará entre as prioridades da presidência brasileira do Brics, que acaba no final de 2025.
Internacional Expectativa é de avanço da reforma do sistema financeiro internacional Brasília Brasil assume presidência do Brics em meio à expansão do bloco 01/01/2025 - 16:32 Roberta Lopes / Liliane Farias Oussama El Ghaouri - repórter da Rádio Nacional Brics quarta-feira, 1 Janeiro, 2025 - 16:32 3:47Agência Brasil