O prefeito JHC deixa bem claro com essa medida que vai começar uma "quebra de braço" com os empresários da região.
Na nota emitida hoje pela DMTT, o órgão deixa bem claro que não vai parar por aqui:
"Paralelamente, informamos que o DMTT tomará as medidas judiciais cabíveis para reverter a decisão, reafirmando o compromisso do Município com a melhoria da mobilidade urbana e a sustentabilidade, tendo por base todos os estudos técnicos realizados para a região, bem como acontece em outras áreas de cidade", diz um trecho da nota.
A decisão mostra que o prefeito JHC não está preocupado com a economia local agindo de forma precipitada e insensível. Além disso, ele trata de maneira ingrata os eleitores da capital que lhe garantiram uma votação expressiva e uma reeleição sem sustos nas eleições.
Reforçamos mais uma vez: as mudanças de mobilidade urbana promovidas pela Prefeitura, principalmente na orla da capital requer muito diálogo e estudo de viabilidade técnica, algo que o município não apresentou.
As mudanças de grande impacto – como é a nova faixa verde, por exemplo, não podem ser feitas sem ouvir os segmentos. A ausência da discussão provoca inúmeros questionamentos e ainda abre margem para o desgaste político do prefeito JHC (se ele estiver preocupado com isso né?).
Mais críticas
O Conselho Regional de Engenharia (Crea/AL) reuniu especialistas em mobilidade urbana para uma reunião técnica sobre essas intervenções que têm chamado a atenção da população nos últimos dias. O encontro foi realizado nesta quinta-feira, 19, e contou com a condução da presidente do Crea-AL, eng.ª civil Rosa Tenório.
Compareceram professores e especialistas em mobilidade urbana, bem como representantes de entidades de classe como o Clube de Engenharia de Alagoas (CEA), o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Alagoas (CAU/AL), além de representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas (Ademi). O Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT) foi convidado, mas não enviou representante.
Na opinião do conselheiro do CAU/AL e presidente regional do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/AL), o arquiteto e urbanista Pablo Fernandes, a ausência de diálogo é fator preponderante para a rejeição de medidas dessa natureza. "É notório que hoje há um excesso de barreiras que precisa ser revisto, e essa é uma questão em que se deve oferecer alternativas. Ao menos existe algum planejamento, alguma intenção de incentivo para estacionamentos nas ruas de entorno?", questionou Pablo.
Ainda sem explicações sobre o estudo técnico que embasa as novas intervenções, o objetivo do Crea-AL é manter o diálogo e buscar novos encontros ainda em janeiro com os órgãos responsáveis, estreitando também o relacionamento com as entidades que foram devidamente representadas na reunião desta quarta-feira.