Ao não conseguir a reeleição, o ainda vereador João Catunda (PP) está atuando fortemente nos bastidores para tentar emplacar uma assessora para o primeiro-escalão da prefeitura de Maceió.
No entanto, está havendo uma forte resistência da tropa de choque do prefeito JHC (PL) por conta da longa ficha corrida do pai do edil, Edmundo Catunda. O empresário foi alvo da Operação Hefesto, da Polícia Federal (PF), que investiga um possível superfaturamento de Kits de Robótica para lavar dinheiro de políticos.
A estratégia da família Catunda é emplacar a assessora parlamentar Catharyna Davilla Duarte Barbosa. Ela foi apontada pela secretária de Educação de Flexeiras, beneficiada com kits de robótica, como consultora na liberação dos recursos no sistema do MEC.
À época, em nota enviada à Folha de São Paulo, Catharyna Barbosa argumentou que esteve com o coordenador-geral de Apoio às Redes e Infraestrutura Educacional do MEC a pedido de João Catunda, que preside a Comissão de Educação da Câmara de Maceió, para tratar "exclusivamente sobre os temas de educação básica do município de Maceió, no caso específico, de convênios de obras de construção de creches paralisadas no município".
Contudo, para quem acompanha a atuação política de JHC, "é pouco provável que o prefeito aceite gente envolvida em supostos esquemas de corrupção". O objetivo é evitar desgastar a imagem da gestão e o futuro político do chefe do executivo municipal da Capital.
