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Casal que imitou macaco em roda de samba é indiciado por racismo

Baixar Tocar Os dois professores filmados imitando macacos durante uma roda de samba na região central do Rio de Janeiro, em julho, foram indiciados pelo crime de racismo nesta quarta-feira (20), Dia Nacional da Consciência Negra.


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Os dois professores filmados imitando macacos durante uma roda de samba na região central do Rio de Janeiro, em julho, foram indiciados pelo crime de racismo nesta quarta-feira (20), Dia Nacional da Consciência Negra.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância da capital fluminense denunciou a argentina e o brasileiro envolvidos no caso.

Segundo a Polícia Civil, durante a investigação, que levou quatro meses, foram analisadas as imagens e ouvidas testemunhas, além dos autores do crime. O relatório, que será enviado ao Ministério Público, aponta que os atos são graves.

O documento afirma que, mesmo considerados como 'brincadeiras', esses comportamentos podem provocar traumas e desigualdades sociais, ferindo a dignidade de pessoas. E que é imprescindível conscientizar e educar a sociedade sobre os impactos históricos e emocionais de tais ações. O crime, de acordo com a legislação vigente, é inafiançável e imprescritível.

O casal foi filmado pela jornalista Jackeline Oliveira que registrou ocorrência junto com a produção da roda de samba Pede Teresa, realizada na Praça Tiradentes, no centro da cidade. A jornalista ficou indignada com o que presenciou e como os dois estavam confortáveis em fazer aqueles gestos em praça pública, diante de tantas pessoas. Jackeline comemorou o indiciamento dos dois pela Polícia.

A jornalista lembrou que as denúncias de casos de racismo têm aumentado e espera que mais pessoas denunciem esse tipo de crime.

Segundo a Polícia Civil, desde a criação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, mais de 500 casos de crimes raciais já foram investigados.

A Polícia Civil foi questionada sobre o prazo de quatro meses para conclusão do inquérito e informou que esse tempo pode ser considerado normal para esse tipo de apuração. A assessoria disse que o inquérito é uma peça técnica - com análise de imagens e tomada de depoimentos - e que sua conclusão no Dia da Consciência Negra foi uma coincidência.

*Com a colaboração da Agência Brasil

© Jackeline Oliveira/Arquivo pessoal

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Agência Brasil

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