Os cinco policiais militares acusados de sequestrar e matar o pedreiro Jonas Seixas da Silva, em 2020, foram absolvidos durante júri popular iniciado nesta quarta-feira, 13, e finalizado nesta quinta-feira, 14.
Os absolvidos no caso são Fabiano Pituba Pereira, Filipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha e Tiago Asevedo Lima. Eles foram acusados de sequestro, tortura, homicídio e ocultação do cadáver de Jonas Seixas.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença não reconheceu a ocorrência de crimes e, sendo assim, negou a materialidade do fato, conforme informações divulgadas pelo Ministério Público de Alagoas.
Os militares sustentaram a versão de que a guarnição teria deixado a vítima com vida nas imediações do viaduto que dá acesso ao bairro de Jacarecica, pois Jonas Seixas temia ser liberto na Grota do Cigano e ser vista como informante da PM, o que colocaria sua vida em risco.
Os policiais também alegaram ainda que as equipes Tática I e Tática II, do BPE, realizavam em conjunto a operação de abordagem, mas se separaram posteriormente. Sobre a suposta invasão dos policiais à casa de Jonas Seixas, o acusados negaram qualquer tipo de ação neste sentido.
O caso
Em outubro de 2020, a mãe de Jonas relatou que três policiais realizaram buscas em sua residência, alegando cumprimento de mandados de prisão e apreensão, mas sem apresentar documentos. Na ocasião, Jonas não estava em casa. Ao retornar, ele foi abordado e colocado na viatura, sem explicação sobre a prisão.
Após a prisão, a esposa de Jonas procurou por ele na Central de Flagrantes, mas a viatura não chegou. A família também fez buscas em hospitais e na Casa de Custódia, sem sucesso. Embora os policiais afirmem ter libertado Jonas com vida no bairro de Jacarecica, ele nunca foi encontrado.