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65 PREFEITOS ELEITOS

Renan celebra resultado do MDB e diz que governo Lula deve garantir pleno emprego no País

Senador ressalta que partido teve o melhor desempenho eleitoral de sua história

Renan Calheiros. Foto: Pei Fon
Renan Calheiros. Foto: Pei Fon

Com 65 prefeitos eleitos no pleito deste ano, o presidente do MDB em Alagoas, senador Renan Calheiros, claramente comemora o resultado. Em entrevista à Gazeta, ele falou sobre a construção dessa frente unida e disse que o governo do presidente Lula (PT) deve garantir o pleno emprego no Brasil.

Renan analisou, ainda, como a eleição municipal de São Paulo promoveu uma divisão na direita após a participação de Pablo Marçal (PRTB). Renan destacou que, com 65 prefeitos, o MDB está representando 63,7% dos municípios do Estado e ressaltou que esse desempenho é o melhor da história do partido nas eleições municipais. Além disso, ele mencionou que o MDB de Alagoas teve o melhor desempenho entre todos os partidos do Brasil. "Superamos o PP do Acre e o MDB do Pará. Este é um êxito coletivo, um marco que ficará registrado nos anais da política local e nacional".

Ao abordar a expectativa de eleger entre 80 e 90 candidatos, Renan revelou que a sigla, somando os apoios, chegou a um número semelhante: "Nós só perdemos em 12 municípios, já que houve a eleição direta de 65 gestores dos partidos e outros tantos em alianças diversas em vários municípios". "Entendo que essa resposta social que obtivemos é um pouco fruto do nosso comportamento de respeito àqueles que estão em outros partidos e que, aqui ou acolá, divergem de nós no campo das ideias", completou.

MACEIÓ

Renan também comentou sobre a dificuldade histórica do MDB em Maceió, reconhecendo que a capital apresenta desafios significativos. "Na capital, já tivemos êxitos e reveses. É do processo democrático e respeitamos profundamente as escolhas do eleitor e da sociedade", observou. "A natureza da eleição municipal é muito focada na qualidade dos serviços públicos, o que gera um favoritismo para os prefeitos em exercício. Isso é um fenômeno nacional, com pouquíssimas exceções no Brasil", destacou.

ELEIÇÕES NACIONALIZADAS

Sobre a nacionalização das eleições em Alagoas, o senador atribuiu essa dinâmica à sua trajetória política e ao trabalho legislativo que realiza há anos.

"Eu procuro cumprir ao máximo o papel legislativo – fiscalizar e propor leis – que a sociedade de Alagoas me delega". Ele lembrou que já foi deputado estadual, federal e quatro vezes senador, além de ter sido ministro da Justiça e presidente do Congresso Nacional em várias ocasiões.

"Esse trabalho adquire visibilidade e ajuda a projetar a importância histórica de Alagoas na política nacional, além de contribuir para uma boa imagem do Estado".

DISPUTA COM LIRA

Quando questionado sobre as projeções futuras e a possibilidade de uma disputa entre ele e o presidente da Câmara nas duas vagas do Senado, Renan considerou prematuro fazer prognósticos. "Acho precipitado, já que não há nada definido. Ainda faltam 24 meses e devemos nos dedicar ao mandato atual", afirmou.

Ele enfatizou a importância de um longo processo de discussão interna no MDB, que ele considera amplo e democrático. "Estamos recebendo apelos para que o ministro e senador Renan Filho seja um dos nomes para disputar o governo, e isso é resultado do trabalho que ele fez", destacou, elogiando as gestões de Paulo Dantas e Renan Filho, que, segundo ele, transformaram Alagoas em um dos estados que mais cresceram no Nordeste.

SUCESSORES

Renan Calheiros também falou sobre os expoentes do MDB, afirmando que o partido está se fortalecendo e demonstrando sua musculatura a cada novo pleito. "O MDB, como seu timoneiro-mor, Ulysses Guimarães, é a Fênix que renasce das cinzas. Recentemente, elegemos 856 prefeitos em todo o Brasil, um patrimônio eleitoral robusto que exige trabalho e respostas concretas".

"No Brasil e aqui em Alagoas, temos um excesso de quadros qualificados. A carência de bons nomes não é um drama que ronda o MDB, mas pode assombrar outras legendas", completou.

CPI DA BRASKEM

Em relação à CPI da Braskem, Renan revelou seu empenho em buscar indenizações para as vítimas do que considera o maior crime ambiental da área urbana do mundo.

"Eu busquei e ainda persigo vários caminhos para assegurar que as vítimas tenham a indenização adequada e que o Estado seja ressarcido", explicou.

Ele salientou que sua saída da CPI se deu por considerar que aquela seria uma investigação "domesticada". "Saí quando ficou claro que a CPI estava, na composição, domesticada. Não havia outra alternativa a não ser sair e denunciar o que seria um simulacro investigatório", analisou. "A Braskem, mais cedo ou mais tarde, haverá de pagar pelo que fez em Maceió".

LULA 3

Ao avaliar o governo Lula, Renan destacou a economia como o principal ativo. "A previsão do PIB para 2024 é otimista, e o Brasil está perto do pleno emprego", afirmou. Ele ressaltou que a inflação está sob controle e que as agências de risco internacionais estão melhorando a nota de crédito do Brasil. "A renda do brasileiro cresce, a inflação está sob controle, a fome e a pobreza estão caindo e as agências de risco do mundo inteiro estão melhorando a nota de crédito do Brasil".

ELEIÇÃO EM SÃO PAULO

Sobre a eleição em São Paulo, o senador considerou que foi uma celebração da democracia. "A sociedade votou livre de falsidades sobre a lisura do pleito e das urnas eletrônicas", afirmou.

No entanto, ele lamentou que ainda existam práticas reprováveis nas campanhas, sem citar nominalmente o candidato Pablo Marçal, que participou de polêmicas durante o pleito deste ano. "Desaprovo a troca dos projetos pelas agressões e pela mentira. A eleição de São Paulo também dividiu a direita, mas o eleitor optou majoritariamente por gestores de centro, escolhendo prefeitos do MDB e do PSD", destacou.


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