A Delegacia dos Crimes Ambientais e Proteção Animal (DCAPA) registrou somente este ano, em Maceió, 197 casos de maus-tratos contra animais. Segundo o delegado Robervaldo Davino, titular da delegacia, cerca de 60% dos inquéritos instaurados para apurar os casos foram concluídos com identificação de autoria e indiciamento dos investigados, alguns deles presos.
Do total de casos registrados, 154 foram de maus tratos contra animais; quatro casos com experiência dolorosa ou cruel; e 39 de maus-tratos com resultado morte do animal. No mais recente caso de grande repercussão, o síndico e o zelador de um condomínio, no bairro de Cruz das Almas, foram indiciados por maus-tratos a animal. Eles são suspeitos de jogar uma cadela, de nome Malu, na lixeira do condomínio para supostamente ser levada pelo caminhão de coleta de lixo.
O fato foi registrado na tarde do dia 13 de agosto deste ano, sendo flagrado por uma advogada, moradora do condomínio. Além de ser colocada na lixeira, um caixote plástico foi colocado sobre a cadela. Em outro caso, um homem teria praticado sexo com um cachorro. O suspeito já foi denunciado, sendo preso em abril deste ano.
A DCAPA também investiga casos de crimes ambientais. No início deste mês, a delegacia concluiu o inquérito e indiciou uma falsa biomédica, proprietária de uma clínica, localizada no bairro da Jatiúca, por descarte irregular de material hospitalar, tratando-se de crime ambiental.
De acordo com as investigações, a Vigilância Sanitária de Maceió (Visa) recolheu, num trecho da Rua Eustáquio Luiz Alberto Barreiros, no bairro do Poço, cerca de 20 kg de resíduos de serviços de saúde contaminados e descartados de forma irregular em via pública. No local, havia medicamentos com os prazos de validade vencidos, agulhas e seringas usadas.