A recente onda de demissões na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) atraiu a atenção do Estado e de órgãos de fiscalização, como o Ministério Público Estadual (MP). Além da quantidade de exonerações, os altos salários de alguns servidores exonerados têm gerado críticas e levantado dúvidas.
Segundo o Diário Oficial da ALE, muitos dos demitidos ocupavam cargos com a designação SP-25, cuja remuneração é de R$ 11.779,70. Com a Gratificação por Dedicação Exclusiva (GDE), que dobra o valor dos vencimentos, esse valor pode chegar a R$ 23.559,00 mensais. Com a exoneração de cerca de 200 servidores, o custo aos cofres públicos seria de R$ 4,7 milhões por mês, sem informações detalhadas sobre os setores de atuação desses funcionários no Portal da Transparência.
Em resposta à falta de informações da Diretoria de Pessoal da ALE, o Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça da Fazenda Pública Estadual, instaurou um Procedimento Preparatório para Inquérito Civil. O objetivo é investigar denúncias sobre a possível existência de funcionários fantasmas na Casa de Tavares Bastos.