O diretório do PT em Alagoas contratou os serviços e pagou em honorários cerca de R$ 399 mil ao advogado Guilherme Barbosa, que é filho do presidente estadual da sigla, Ricardo Barbosa.
O montante significa 40% do valor recebido pela direção em Alagoas fruto do que mandou o PT nacional, R$ 1 milhão, visando contratar trabalhos e serviços nas eleições municipais deste ano.
Detalhes foram trazidos através de reportagem do UOL. O repasse aconteceu à empresa de advocacia de Guilherme Barbosa, aberta em 2022, quando também operou na eleição daquele ano, recebendo R$ 10 mil da legenda e mais R$ 115 mil de candidatos.
O tema veio a público quando o também advogado e militante do partido, Welton Roberto, relatou sobre tais práticas questionáveis do PT: "Chegou a hora de sair, com o sentimento de que saio pela porta da frente e que mantenho meus ideais preservados e íntegros!".
Guilherme Barbosa atua na advocacia desde 2019, é especialista em direito tributário, além de mestrando em direito público. Ele não comentou à imprensa sobre os questionamentos feitos.
Já Ricardo Barbosa respondeu via nota do PT em Alagoas: "A Comissão Executiva Estadual aprovou em reunião, por ampla maioria, a distribuição de recursos e contratações de serviços coletivos, inclusive jurídico e contábil, tudo de forma transparente e em atendimento aos critérios e demais requisitos exigidos por sua Direção Nacional".
"O partido reforça que todas as contratações e prestações de contas, até aqui parciais, foram informadas à Justiça Eleitoral, reiterando seu compromisso com a verdade e a legalidade. A direção do PT reafirma sua unidade e determinação em enfrentar os ataques, mantendo-se firme na luta pelo fortalecimento das suas bandeiras e pela defesa de suas lideranças", continua.
"Esses ataques, classificados pelo partido como parte de uma estratégia fascista de difamação política recorrente nos últimos períodos eleitorais, têm o objetivo de desestabilizar a legenda e sua liderança, recorrendo a táticas autoritárias e infundadas para atacar o PT e sua militância", finaliza.