O alagoano identificado como Bruno Arcanjo, acusado de praticar crimes de estelionato e fraude no Detran do Piauí, foi capturado após reagir à prisão durante operação e matar a tiro o policial civil Marcelo Soares da Costa, de 42 anos, no município de Santa Luzia do Paruá, no Maranhão, nessa terça-feira (3). O mandado judicial foi cumprido por policiais civis piauienses. O alagoano também vai responder pelo homicídio.
O crime aconteceu na manhã de terça, quando os policiais do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) participaram da ação denominada "Turismo Criminoso", que visou combater fraudes no Detran do Piauí.
Bruno Arcanjo teria se escondido dentro de uma casa e atirado várias vezes contra os policiais que se aproximaram dele. Marcelo Soares foi atingido na axila, foi socorrido, mas não resistiu ao ferimento.
Marcelo era lotado no Draco e era chamado de operacional 17. Ele já tinha sido instrutor na Academia de Polícia. Por meio das redes sociais, o departamento da Polícia Civil piauiense lamentou a perda.
O corpo do policial foi encaminhado para Teresina, capital do Piauí, onde vai ser velado e sepultado com a presença de amigos e familiares.
Alagoano com histórico de crimes
O grupo criminoso que Bruno Arcanjo faz parte atuava na emissão de licenciamento de veículos inexistentes. E através da documentação, o grupo conseguia realizar financiamento junto às agências bancárias. As instituições financeiras perceberam a fraude e denunciaram os criminosos. Um dos prejuízos foi de mais de R$ 1,5 milhão.
Ainda de acordo com a Polícia Civil do Piauí, Bruno responde a outros quatro processos de estelionato. Em 2017, ele foi preso em Alagoas com mais dois comparsas, quando a polícia local investigou crimes de estelionato, contra ordem tributária e falsidade ideológica. Na ocasião, os três falsificavam boletos bancários e enviavam para diversas empresas que faziam o pagamento, e os criminosos ficavam com o dinheiro.
A pistola usada por ele no momento da captura no Maranhão foi apreendida. Bruno, agora, vai responder pelo homicídio e pelos crimes de estelionato.