Um policial civil foi preso nesta segunda-feira (2) por supostamente ter envolvimento no homicídio do ativista político Kleber Malaquias, ocorrido em 2020. A prisão aconteceu após denúncia do Ministério Público de Alagoas.
Como de praxe, órgãos e autoridades evitam expor detalhes dos investigados. No entanto, o deputado federal e também delegado Fábio Costa (PP) expôs informações de quem seria tal policial civil acusado.
Segundo Fábio Costa, trata-se de Eudson Oliveira de Matos, o mesmo suspeito de ter tentado fraudar o concurso de delegado da Polícia Civil de Alagoas, e que também teve uma melhoria salarial concedida pela Procuradoria do Estado. O acusado também teria feito outros serviços nebulosos.
"De acordo com a denúncia, o policial não apenas acompanhou a execução do crime, como também ofereceu apoio logístico. Além disso, ele pode ser o principal elo com o autor intelectual do homicídio. São muitas coincidências nesse caso!", postou Costa.
Em investigações conduzidas pelo Ministério Público, em cooperação técnica com a Polícia Federal, foi levantada uma série de evidências que comprovam a relação do policial civil com o crime, a exemplo de movimentações bancárias que ocorreram no dia do homicídio.
Há ainda outras provas, como registros de ligações telefônicas e dados de geolocalização (GPS), revelando que o policial mantinha comunicação com as outras pessoas que figuram como réus no processo.
Atualmente, Eudson recebe um salário bruto de R$ 18 mil, o que, após os descontos, fica acima de R$ 13 mil, conforme o Portal da Transparência. Além dele, Fábio Costa cita possível interferência de um delegado no caso de Malaquias, por isso, somente a investigação da PF conseguiu avançar. Veja: