Neste domingo (18), os candidatos inscritos no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), também conhecido como "Enem dos Concursos", disputarão 6.640 vagas de nível médio e superior em 21 órgãos do governo federal. Em Alagoas, mais de 30 mil participarão do certame. Os exames serão aplicados em dois turnos: pela manhã e pela tarde.
Inicialmente, cerca de 30,9 mil alagoanos estavam inscritos no CPNU. Depois que as provas foram adiadas por causa das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, esse número diminuiu. 525 pessoas desistiram de fazer as provas.
Em Alagoas, a aplicação será em Maceió e em Arapiraca. No total, são 64 locais de prova. Os endereços já haviam sido divulgados antes do adiamento, mas alguns deles sofreram alterações. Todos os dados dos candidatos estão disponíveis no cartão de inscrição.
O CPNU possui oito editais diferentes, um para cada bloco temático (área de atuação). No entanto, só é possível se inscrever em um. Os oito eixos são: infraestrutura, exatas e engenharia; tecnologia, dados e informação; ambiental, agrário e biológicas; trabalho e saúde do servidor; educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos; setores econômicos e regulação; gestão governamental e administração pública e nível intermediário.
Na reta final, os concurseiros intensificaram a preparação para enfrentar os desafios únicos deste novo formato de prova. Conversamos com Mônica Camerino, proprietária de um curso preparatório para concursos, para entender as mudanças realizadas para aplicar as disciplinas e as estratégias adotadas na reta final.
"A preparação foi bem corrida porque ele é totalmente atípico. Já começa por aí, um concurso onde você não tem língua portuguesa, é um diferencial, um concurso onde você não tem um raciocínio lógico. Então, a gente teve que mudar toda a programação, foram várias reuniões com os professores para chegar ao melhor resultado para os estudantes", afirma Mônica.
A preparação para o Enem dos Concursos se tornou mais complexa devido à ausência de disciplinas tradicionais. "Ficou muito mais complexo preparar as aulas, tanto é que alguns blocos a gente só dá realmente em disciplinas comuns. Tem blocos na área de exatas, tem blocos na área de saúde, na área de educação, no nível médio. A gente está colocando as disciplinas comuns, porque aí realmente não tem como não trabalhar esses temas", explica Mônica.
Géssica Omena passou os últimos meses se dedicando à rotina de estudos e aos cuidados com a família. Ela busca uma vaga de auditora do trabalho.
"É difícil conseguir conciliar tudo, mas vou me virando como posso. O curso presencial é melhor porque me obriga a sair de casa, focar realmente nos estudos, coisas que em casa eu não conseguiria. Além do mais, aqui na sala temos a experiência dos professores, dicas, questões. É muito mais produtivo. Já em casa, eu faço a revisão dos conteúdos, respondendo questões em sites específicos, fazendo a filtragem da matéria, dentre outras coisas", ressalta.
