A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. O motivo foram as blitzes montadas durante o segundo turno das eleições de 2022. A suspeita é a de que Anderson Torres e Silvinei Vasques tenham, com essas barreiras, impedido o deslocamento de eleitores do Nordeste nesse dia de votação.
Além deles, outros quatro policiais foram indiciados. Segundo as investigações, eles deram ordens ilegais e atuaram para que a PRF realizasse operações justamente para dificultar o trânsito de eleitores do então candidato Lula, que disputava a presidência com Jair Bolsonaro.
O pedido de indiciamento está em relatório parcial enviado pela PF à Procuradoria Geral da República, que agora vai analisar se os indícios de crime são consistentes para denunciar os envolvidos à Justiça ou se determina mais investigações, ou arquivar o caso por falta de provas. A Polícia Federal continua investigando e pediu mais prazo para a realização das apurações.
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já tinha mandado soltar o ex-diretor da PRF, que ficou preso por cerca de um ano justamente pelas suspeitas de usar a corporação para dificultar o deslocamento dos eleitores. Já ex-ministro Anderson Torres ficou preso por quatro meses, também por determinação do STF. Mas a prisão dele estava relacionada às investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
A defesa de Silvinei Vasques afirmou que a conduta dele não pode ser enquadrada no tipo penal atribuído pela PF no inquérito, e afirmou que confia no arquivamento do caso. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Anderson Torres.
*Com informações da Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil