Morreu hoje (17) um dos maiores apresentadores da história da televisão brasileira: Silvio Santos.
Empresário e dono do SBT, Sílvio Santos tinha 93 anos.
Conhecido como o homem do Baú da Felicidade, Silvio Santos nasceu na Lapa, no Rio de Janeiro, em 1930. Seu nome de batismo era Senor Abravanel. Filhos de imigrantes judeus, tinha cinco irmãos.
Dono de uma voz e uma risada marcantes, a história dele se confunde, desde os anos 60, com a da própria TV no Brasil.
Aos 14 anos, começou a trabalhar como camelô, no centro do Rio. Pego por um fiscal da prefeitura, que enxergou talento no vendedor, Abravanel foi levado pela primeira vez para fazer teste numa rádio. Começava aí a carreira do comunicador.
Autor do livro Topa Tudo por Dinheiro, um perfil biográfico do apresentador, o jornalista Maurício Stycer explica um dos traços mais fortes da carreira de Silvio Santos: o carisma que lhe rendeu alta popularidade.
No início da década de 1950, Silvio Santos se mudou para São Paulo, onde ganhou do amigo Manuel da Nóbrega um negócio que não estava muito bem: o Baú da Felicidade, empresa que seria o carro-chefe de seu grupo empresarial por décadas.
Chegou à televisão em 1961, apresentando o programa "Vamos Brincar de Forca", na TV paulista.
"Quem quer dinheiro?"
Em 1975 fundiu de vez as carreiras de apresentador e de empresário: o então ditador Geisel assinou a outorga de um canal de TV no Rio de Janeiro, embrião para a fundação, em 1981, do SBT.
Apresentou programas que fizeram história na televisão brasileira, como Show de Calouros, Porta da Esperança e Topa Tudo por Dinheiro.
Silvio Santos também tentou enveredar pela carreira política. Em 1989, tentou concorrer à presidência da República, na primeira eleição direta após a ditadura.
Em 2001, viveu um ano conturbado e de extrema exposição pública. Foi homenageado pela escola de samba tradição, no carnaval carioca e, em agosto, viveu o sequestro da filha Patrícia e, na sequência, o dele próprio.
Comunicador de talento e carisma inquestionáveis, Silvio Santos também se envolveu em polêmicas ao longo da carreira: desde o lobby junto aos generais da ditadura para conseguir as concessões dos canais de tv, até declarações discriminatórias nos últimos anos, em seu programa de auditório.
Silvio Santos deixa a mulher Íris, duas filhas do primeiro casamento, quatro filhas do segundo casamento, além de netos e bisnetos.
Fonte: Agência Brasil