O Ministério da Saúde instalou nesta quinta-feira (15) um Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar as ações de resposta à mpox no Brasil.
A doença foi declarada emergência em saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde.
Mesmo com o Brasil apresentando estabilidade no número de infecções desde 2023, o Centro de Operações e um Comitê de Emergência vão reforçar a vigilância e o planejamento relacionado à doença. Foi o que explicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em conversa com jornalistas, em Brasília.
"O comitê vai ficar debruçado na análise técnica e também na organização necessária para o acompanhamento dessa emergência e providências no nosso país".
Ainda nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde informou que está sendo negociada junto à Organização Pan-Americana da Saúde a aquisição emergencial de 25 mil doses de vacina contra a mpox.
Durante a primeira emergência global por mpox, no ano passado, a Anvisa autorizou o uso emergencial da vacina Jynneos, já que o insumo não era licenciado no Brasil.
A autorização foi renovada em fevereiro deste ano, mas venceria novamente este mês. O ministério já fez um novo pedido de renovação.
Sobre vacinação contra mpox, a ministra Nísia Trindade esclareceu que ela é indicada em casos excepcionais.
"Nós vacinamos, no Brasil, com uma licença especial da Anvisa, em casos muito excepcionais. A vacinação nunca será uma estratégia em massa pra mpox. É importante dizer, pra que a população não se sinta desprotegida por não ter uma vacina. Essa vacina tem alguns limites, é uma estratégia que será usada de uma forma muito seletiva".
No grupo prioritário para receber o imunizante estão as pessoas que vivem com HIV e profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios.
Também está prevista a vacinação para pessoas que tiveram contato direto com os fluidos e secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados para a doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está no nível 1, o menos alarmante, com cenário de normalidade para a doença e sem casos da nova variante que surgiu no Congo, e tem gerado maior preocupação por ter se mostrado mais transmissível.
O nível 2 seria em um cenário de mobilização, com detecção de casos importados no Brasil. O nível 3, cenário de alerta, com detecção de casos autóctones esporádicos. O nível 4, situação de emergência, com transmissão sustentada em território nacional. Já o nível 5, situação de crise, com uma epidemia de mpox instalada no país.
* Com informações da Agência Brasil e supervisão de Daniella Longuinho
Fonte: Agência Brasil