A transmissão vertical acontece quando a infecção é passada da mãe para o bebê, durante a gestação ou mesmo no parto. Segundo a pasta, nos casos que estão sendo apurados, em quatro deles os bebês nasceram com anomalias congênitas, como microcefalia, enquanto a outra metade morreu.
Nessa segunda-feira (12), a Secretaria de Saúde do Ceará informou que investiga um óbito fetal que também pode estar associado à infecção por febre Oropouche. Na semana passada, o Ministério da Saúde registrou, no Acre, um caso de bebê nascido com anomalias congênitas que pode estar associado à transmissão vertical da doença. Segundo a pasta, essa correlação precisa de uma "investigação mais aprofundada", que vem sendo acompanhada pelo governo federal e pela Secretaria de Saúde do Acre.Dados do Ministério indicam que até 6 de agosto foram registrados quase 7.500 casos da doença em 23 estados. A maior parte deles no Amazonas e em Rondônia. Até o momento, duas mortes foram confirmadas na Bahia e um óbito em Santa Catarina está em investigação.
A doença é transmitida pelo mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que gosta de materiais orgânicos. A recomendação é que a população mantenha quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além de usar roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.
Gestantes devem ficar atentas a sintomas como febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular, articular, dor atrás do olho, além de tontura, calafrios, náuseas e vômitos. Nesses casos, é preciso procurar atendimento em uma unidade de saúde.
*Com informações da Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil