Para que a meta de erradicação da pobreza extrema seja atendida, será necessário ir além do Programa Bolsa Família. A avaliação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou nesta quinta-feira (1), em seminário no Rio de Janeiro, um panorama do desempenho do Brasil em relação ao cumprimento das metas dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU.
A erradicação da pobreza extrema é o primeiro objetivo, e segundo o Ipea, o maior desafio atual para o Brasil. De acordo com dados do IBGE, a taxa de pobreza no Brasil passou de aproximadamente 32% em 2022 para 27,5% em 2023.
Segundo o Ipea, para atingirmos a meta de redução da pobreza pela metade, será preciso alcançar a taxa de 16% até 2030, o que implica um ritmo médio de cerca de 2 pontos percentuais por ano. O Ipea afirma que esse cenário só deve ocorrer com a combinação de crescimento vigoroso e redistribuição de renda.
Luciana Mendes Santos Servo, presidenta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, lembrou que o país acrescentou um 18º ODS, como compromisso nacional voluntário, que é o da Promoção da Equidade Étnico-Racial, e que é preciso monitorar e avaliar esse compromisso em todos os ODS, já que ele também impacta na questão econômica.
A secretária executiva do Ministério da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, reforçou que é a adesão ao ODS da Igualdade racial que vai possibilitar a materialização e o cumprimento eficiente das demais metas dos outros 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O Ipea apresentou no Seminário o conjunto de 17 cadernos que avalia o progresso das principais metas globais no Brasil da Agenda 2030. No evento também foi debatido os dados referentes ao ODS 18, da Igualdade Racial, que está em fase de construção no país.
Fonte: Agência Brasil